Dois tapinhas nas costas de Lula da Silva dadas por Renan Calheiros, com um largo sorriso, selaram a nova, mas não surpreendente aliança entre os dois e a partir daí o PT-governo correu e foi posar para o retrato da corrupção. O Brasil decente já registrou as manifestações públicas de agrados e afagos dos ministros Tarso Genro, da Justiça, e Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e a amoralidade demonstrada pelos altos hierarcas da nomenclatura petista-lulista já se reflete nas bases partidárias e no aparelhamento do Estado. Está aberto o sinal verde nos semáforos da República dos Pelegos: locupletaram-se todos na administração ruinosa e corrupta.
O discurso de Lula da Silva foi inspirado nos companheiros aloprados e no irmão achacador, Vavá. Fez uma defesa genérica de Renan, dizendo de frente ao Procurador-Geral da República reempossado, ministros e integrantes do Ministério Público que “não há nada pior para a democracia do que alguém ser condenado sem ter cometido crime. É tão grave quanto alguém ser absolvido tendo cometido um crime”. Ignorou o Presidente que a Nação quer e exige investigações nas denúncias de que Renan usou dinheiro de um lobista para pagar pensão à ex-amante, a jornalista Mônica Veloso. Numa democracia de fato bastaria o relacionamento íntimo do Presidente do Senado com o lobista de uma empreiteira para a qual libera verbas, para que perdesse o cargo e tivesse o mandato cassado. Quando não, ir para a cadeia.
O Presidente disse também que ninguém pode ser condenado sem provas; mas como ter provas sem uma apuração séria? Com a defesa de Renan, se iguala com ele, que se embaralha e se confunde com lobistas. Isto tanto é verdade que paralelamente ao abono dado a um investigado, Lula da Silva passou a condenar o comportamento da Polícia Federal e do Ministério Público, pedindo “cautela” nas apurações, sob o argumento de que muitos investigados são “execrados” antes mesmo do julgamento. Isto tudo leva a crer que devem corresponder à verdade as ilações que fazem nos círculos políticos de que Renan fez chantagem com Lula dizendo que possui dados capazes de criar uma crise institucional sem precedentes no País, e que não cairá sozinho.
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