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Mesmo após 15 anos de sua morte, Tom Jobim continua mais influente do que nunca

Há exatos 15 anos, a música popular brasileira perdia aquele que é tido como o seu principal representante: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. O maestro, compositor, e um dos criadores da bossa nova morreu aos 67 anos, durante uma angioplastia, em Nova York, a cidade que segundo Tom, “deveria ser conhecida de maca”, para contemplar seus arranha-céus.

Tom: "Quando uma árvore é cortada ela renasce em outro lugar. Quando eu morrer, quero ir para esse lugar"

O curioso é que o artista carioca, nascido em 25 de janeiro de 1927, no bairro da Tijuca, faleceu no mesmo dia e no mesmo local de outro ícone musical: o ex-líder dos Beatles, John Lennon. “Tom Jobim é desses gênios que o Brasil produz de 100 em 100 anos. O país e a nossa cultura devem muito a ele”, destaca o músico Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro, que no ano passado homenageou durante uma temporada inteira o maestro brasileiro.

Compositor de clássicos como Garota de Ipanema, Wave, Águas de março, Chega de saudade, Corcovado e Samba de uma nota só, Tom é um dos responsáveis pela criação de um dos movimentos e ritmos musicais mais importantes da nossa história: a bossa nova.

“Dois nomes são fundamentais para a bossa nova: Tom Jobim e João Gilberto. Mas, graças ao Tom, ela tem a parte harmônica, melódica, e de arranjos que tem e não alcançaria as proporções que alcançou. Ele é o centro e figura fundamental para a bossa ter se tornado o que é”, opina o fundador e presidente de honra do Clube da Bossa Nova, Dickran Berberian, que também ressalta o reconhecimento internacional do maestro: “Em qualquer lugar do mundo que você vai, as pessoas conhecem Garota de Ipanema.

Tom Jobim é muito mais conhecido do que Villa-Lobos, Carlos Gomes. Ele é, sem dúvida, o nosso artista de maior destaque no exterior. Sempre se ouviu Tom Jobim e sempre se ouvirá”, destaca Dickran.

No próximo sábado, dia 12, o Clube da Bossa Nova vai realizar a sua última apresentação do ano, às 11h, no Sesc Silvio Barbato (Setor Comercial Sul), e apresentará, claro, músicas de Tom Jobim. A entrada é franca.

Revolução

Para Reco do Bandolim, Tom Jobim, com sua genialidade, ajudou a promover uma revolução estética e sonora e conseguiu reunir, ao mesmo tempo, uma força e uma suavidade que transformaram a música brasileira. Reco acrescenta que a música de Tom carrega uma sofisticação delicada e que ele deu uma imensa contribuição para o entendimento do Brasil que desejamos.

“A bossa nova foi a trilha sonora de uma época de otimismo, de esperança, de um Brasil que sonhamos e gostaríamos de ter. Infelizmente, ainda não temos um país à altura da música do Tom. Mas certamente, um dia teremos”, anseia Reco.

Leia aqui a matéria na íntegra

Fonte: Ana Clara Brant/Correio Brasiliense

Marjorie Salu

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Marjorie Salu
Temas: Tom Jobim

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