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DENTES

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Temos que ir a um passado distante, dos fins do Império e à República Velha, para conhecer o que foi o “coronelismo” e como seus métodos foram adaptados pelo “governo dos trabalhadores” instalado pelo lulo-petismo.

Encontra-se na enciclopédia livre da Wikipédia o verbete “coronelismo”, como um modo classista de agir para conquistar o poder através de fraudes eleitorais, trocando votos por apadrinhamentos e favores.

A princípio, os “coronéis” alteravam as cédulas (eram de papel) revertendo o resultado dos votos; inutilizavam as urnas ou sumiam com elas; criavam eleitores fantasmas e até os mortos votavam. Após a revolução de 1930 e a Constituição de 1934, elaborada pela representação classista, o coronelato sofreu uma mudança na sua maneira de agir.

Então, inventaram outros artifícios, como dar um pé do par de sapatos para completar o donativo caso vencessem as eleições; pelo mesmo método adiantavam meia nota de dinheiro; e mais tarde, doavam cadeiras de rodas, objetos domésticos, óculos, e “dentaduras”…

Numa obra de referência, “Coronelismo, enxada e voto”, o jurista e cientista político Victor Nunes Leal descreve como se estruturavam os “currais eleitorais” e a traficância de votos em troca das peças pleiteadas pelos eleitores.

Aspeei “dentaduras” porque estão na pauta política, com farta distribuição delas pelo PT-governo em favorecimento da reeleição de Dilma. O marketing desavergonhado do lulo-petismo aproveitou-se de uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde mostrando (aproximadamente) que 15% dos brasileiros são desdentados totais.

A pesquisa da OMS foi realizada por avaliações odontológicas em 108.921 pessoas, de bebês (18 a 36 meses) a idosos (65 a 74 anos), de maio de 2002 a outubro de 2013.

O amoralismo lulo-petista aproveitou-se dessa amostra para somar aos 40 milhões das bolsas-família que considera eleitores cativos, mais 30 milhões de pessoas que anseiam por suprir esta necessidade básica.

Assim, a distorção programática e a estupidez ideológica do PT e seus satélites levam o Brasil de volta ao passado dos coronéis, submetendo à servidão eleitoral nossos compatriotas de baixa condição socioeconômica.

Registre-se que em 12 anos no poder, o PT-governo cumpriu apenas uma das cinco metas da OMS relacionadas à cárie e à perda dentária. E o fez de propósito, como faz abandonando a assistência médica e desagrega o ensino público como estratégia para a manutenção do poder.

Aliás, o único projeto dos pelegos narco-populistas é manter o poder. Veja-se a presente campanha eleitoral. Nos programas de propaganda de Dilma, cheios de tempo e vazios de conteúdo, sobram dentes nos sorrisos hipócritas, sobram promessas e falta vergonha na omissão da incompetência e das verbas públicas surrupiadas.

Desfigurando a República e a Democracia através da poluída pelegagem, o lulo-petismo assume um governo inepto e corrupto, importando de Cuba e da Venezuela a ideologia viciosa do narco-populismo.

O pior de tudo é que se constata no arremedo da leniente legislação eleitoral o estupro da Constituição, extraindo múltiplos carreiristas inspirados na conquista estelionatária do poder.

Com a trágica morte de Eduardo Campos e o constrangido lançamento da candidatura Marina Silva pelo PSB, testemunha-se o desabrochar desses cogumelos venenosos que brotam do putrefeito stalinismo e do socialismo real apodrecido.

Com Marina, são cinco ex-petistas candidatos à Presidência da República. Vieram do PT Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Zé Maria (PSTU), e Rui Costa Pimenta (PCO).

Todos eles, a metade entre 10 candidatos, defendem o execrável decreto golpista 8243, caminho inexorável para o totalitarismo. E é neste ponto que se estabelece a diferença entre os verdadeiros democratas e os que querem implantar uma ditadura totalitária. Precisamos combater isto com trincar de dentes!

Miranda Sá

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