Controladoria, CGU e TCU virtuais
MIRANDA SÁ, jornalista
E-mail: mirtandasa@uol.com.br
Desta vez não adianta discurso. Esta história dos gastos com cartões corporativos é intolerável para um povo que paga impostos escorchantes e precisa ser explicada convenientemente. A justificativa é tão imoral quanto a falta de prestação de contas: os pelegos falam em “segurança nacional”…
Na última semana de janeiro a ministra Dilma Rousseff , da Casa Civil, encaminhou à Controladoria Geral da União, CGU, pedido para investigar o ministro Altemir Gregolin, da Pesca, além de Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial, por suposto uso irregular dos cartões. Se há tratamento igual para todos que participam do PT-governo, a investigação vai bater as portas do Palácio do Planalto, onde Lula e esposa gastam horrores.
E gastar não é nada. O incrível é a retirada de dinheiro vivo das máquinas, quantias que às vezes superam R$50 mil reais! O ofício da Casa Civil – para dar satisfação à opinião pública – foi entregue à CGU menos de 24 horas depois de a Comissão de Ética Pública – órgão ligado diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também ligados à Presidência da República, os grandes consumidores Matilde e Altemir se consideram livres da investigação, porque segundo a CGU os órgãos ligados à Presidência da República e aos ministérios da Defesa e de Relações Exteriores têm organismos próprios de controle interno para efetuar as investigações.
Mesmo com a livrança da patota palaciana, a Comissão de Ética Pública quer o levantamento das despesas efetuadas com os cartões corporativos e, principalmente os ilícitos supostamente cometidos por seus usuários, comissionados de primeiro, segundo e terceiro escalões do governo. A verdade, entretanto, é que a Comissão de Ética não manda em nada. Só dá opinião.
São cinco os membros da CEP, que cobram de Lula da Silva um comportamento decente – de acordo com as normas estabelecidas – de vários ministros e já chegaram a pedir a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Luppi, que acumulando a função com o cargo de presidente do PDT, transgride os dispostos no código de ética.
Carlos Luppi não só ignora a orientação para que opte entre o ministério e a presidência do PDT, como passou a presidir atos do partido no horário do expediente; e outro colega de ministério, o baiano Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, já comunicou que vai a todos os camarotes de empresas privadas que o convidarem para desfiles e bailes de carnaval, comportamento considerado impróprio para os governantes, de acordo com a Comissão.
Mesmo sabendo que sua orientação é um risco n’ água, a comissão reuniu-se por 5 horas na semana passada e, ao encerramento, o presidente Marcílio Marques Moreira, disse esperar de Lula uma decisão “ética” nos casos dos cartões corporativos e da acumulação de Luppi. Não satisfeito em chover no molhado, ainda advertiu o primeiro escalão do governo que esteja atento às benesses oferecidas pelas empresas privadas durante o Carnaval da Bahia e do Rio.
O PT-governo é ou não é um governo virtual?
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