O presidente colombiano, Álvaro Uribe, anunciou na noite deste domingo (13) o resgate de mais três reféns que se encontravam sob cárcere das tropas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A libertação dos três reféns aconteceu graças à operação bem sucedida nomeada “camaleão”, que se desenvolveu sob a direção do próprio presidente Álvaro Uribe durante seis meses.
Presidente da Colômbia Álvaro Uribe
Os reféns libertados foram o general Luis Herlindio Mendieta, o coronel Enrique Murillo e o sargento Arbey Delgado, em poder das Farc desde 1998. Segundo o ministério da defesa do país, o Exército ainda procura na região o capitão William Donato Gómez.
Durante discurso na cidade de Quibdó, Uribe pediu publicamente ao comandante da Polícia, general Oscar Naranjo, para “chamar os familiares” e dar a eles a notícia, que foi comemorada com um estrondoso aplauso pelo público que o ouvia.
Após o resgate, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mantêm em seu poder 19 militares e policiais, que pretendem trocar por cerca de 500 rebeldes presos, proposta rejeitada pelo presidente colombiano.
O general Mendiera era o policial de mais alta patente que as Farc tinham em seu poder, e completa neste domingo 53 anos.
Mendieta e Murillo caíram em poder das Farc no dia 1º de novembro de 1998, quando o primeiro tinha a patente de coronel e o segundo, de capitão.
O resgate dos policiais é o segundo de reféns das Farc conquistado pelo governo de Uribe, após a operação de julho de 2008, quando foram resgatados a franco-colombiana Ingrid Betancourt, três americanos e onze militares e policiais colombianos.
O novo resgate de reféns ocorre a uma semana do segundo turno das eleições presidenciais, disputadas pelo governista Juan Manuel Santos e pelo independente Antanas Mockus.
Santos foi o responsável pela operação de resgate de Betancourt e dos outros 14 reféns, já que na época ocupava a cadeira de ministro da Defesa, posição que renunciou para lançar sua candidatura à presidência.
Logística operacional
Em entrevista coletiva, o atual ministro de Defesa colombiano, Gabriel Silva, explicou que a surpreendente operação foi integrada por 300 soldados das forças de segurança e que no lugar onde ela aconteceu havia 40 guerrilheiros.
O ministro insistiu na “perfeição” da missão porque não houve “risco para a vida dos sequestrados e sem baixas” entre as forças militares. “Foi também uma operação totalmente colombiana, por tropas e inteligência colombianas. Homens das forças especiais que durante semanas se arrastaram pelas selvas para chegar ali e dar este golpe contra o narcoterrorismo das Farc”, afimrou Silva.
Ao ser perguntado por maiores detalhes, Silva disse que “por razões de Estado” não podia compartilhar toda a informação porque seria colocar o inimigo em vantagem.
“Tratou-se de uma operação de alta precisão, de forma cirúrgica se chegou ao local”, acrescentou.
Além disso, Silva confirmou que era a Sétima Frente das Farc a que tinha em seu poder os três sequestrados.
O atual ministro de Defesa colombiano insistiu em que “a Segurança Democrática é o caminho correto para devolver a liberdade a todos os colombianos e isso evidência a alta moral da Polícia e sua capacidade para realizar operações impecáveis, sem manchas e com pleno êxito”.
Ele explicou que os três resgatados estão protegidos em algum lugar da selva por 300 homens e que chegarão a Bogotá nesta segunda-feira (14).
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