Não sei qual foi o branquelo preconceituoso, misógino e racista, que batizou de “caixa preta” o estojo que revela segredos de desastres, indecifráveis a olho nu. O nome foi usado inicialmente para o sistema de registro de voz e ruídos nos aviões e agora também em ônibus e locomotivas no Japão e nos Estados Unidos.
A expressão “caixa preta” é contraditória, porque a caixa é cor-de-laranja com tiras fosforescentes refletindo luz para ser facilmente vista no escuro… É um equipamento com uma inscrição eletrônica de tempo, fundamental para colimar ou superpor os eventos de voz com eventos de performance.
O escritor israelense Amós Oz foi quem amplificou a expressão além das gravações de informes, sons confusos e gritos de horror no seu romance “Caixa Preta”. A expressão é também usada na Internet como teste de software para verificar dados; e, no Teatro, para um espaço cênico básico retangular com os lados pretos.
Na política e na mídia encontramos uma inflação de referências à caixa preta no mundo inteiro e no Brasil é presença obrigatória nas denúncias feitas ao BNDES quando atuava nos tempos de Lula e do seu fantoche.
Na campanha de Jair Bolsonaro, eleito presidente da República, ele prometeu que ao assumir o poder abriria a caixa-preta do BNDES e “revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos”.
O BNDES, apesar das mudanças ocorridas no Governo Temer, ainda mantém muitos dados em segredo, alegando “proteção ao sigilo bancário” e “operações secretas”, como o empréstimo para o Porto de Mariel em Cuba, operação realizada no segundo mandato de Dilma.
É por isso fundamental que se revele os segredos e se acabe com os sigilos para mostrar principalmente aos nordestinos, o que a sua Região perdeu (ou deixou de ganhar) se fossem financiadas na região as obras da Odebrecht no Exterior e as propinas reservadas para os hierarcas do PT.
A nova direção do BNDES, recém assumida, deve enfrentar a sua burocracia que no Governo Temer se recusou a fornecer informações, como a divulgação da lista de devedores e os empréstimos bilionários concedidos a juros camaradas para “amigos do lulopetismo”.
O presidente do BNDES, Joaquim Levy, indicado por Paulo Guedes e aprovado por Bolsonaro, recebeu a recomendação de que deve abrir a “caixa-preta”, ou pedir o boné… Ele tem uma larga experiência no serviço público. Foi economista-chefe do Ministério do Planejamento no Governo FHC, secretário do Tesouro no Governo Lula e ministro da Fazenda no Governo Dilma. Não é um inocente, nem incapaz de atender o Presidente.
É isto o que querem os 54 milhões de eleitores do Bolsonaro: ver a real interpretação do termo “caixa preta”, como uma botija que esconde o produto de um roubo. Esperam que seja divulgado o que realmente ocorreu no reinado lulopetista da corrupção.
… E os 54 milhões exigem mais: se for comprovado o crime, como se desconfia, que os responsáveis sejam julgados, presos, e devolvam aos cofres públicos o que de lá foi subtraído.
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