Pela oportunidade de uma visão toda especial da crise parlamentar que subverteu a ética no Senado Federal e no Palácio do Planalto, trago à meia dúzia de três ou quatro amigos e amigas que acessam este Blog, o artigo de Nelsinho Mota publicado na FSP de hoje:
“Ao rasgar a alma, expor as vísceras e se dizer vítima de tentativa de assassinato moral, o senador Renan Calheiros pode até ser muito inteligente, como diz sua ex-amada Mônica, mas o estilo é brega demais.
O veterano senador Gilvan Borges foi direto ao ponto, com autoridade: “Se for investigar todos os senadores a fundo e levá-los ao Conselho de Ética, não sobra um”.
Mas não é verdade: sobram todos.
Só os idiotas não perceberam que os conselhos de ética não foram criados para punir os parlamentares, mas para protegê-los. Se julgados pela Justiça, mesmo em seus foros privilegiados, eles estão submetidos às mesmas leis e critérios que todos os cidadãos. No conselho, são julgados pelos colegas, entre o espírito de corpo e o de porco, a solidariedade corporativa e a formação de quadrilha. Não pode mesmo dar certo, na verdade é feito para não dar certo. Sabe como é, brasileiro é muito sentimental.
Com Renan e Roriz sob os holofotes -um tentando provar que tinha, e o outro que não tinha dinheiro-, o Senado passou à bola da vez, e a turma da Câmara está festejando: é um duplo alívio nas atribulações de boa parte de seus membros. A cada novo escândalo, os envolvidos no anterior comemoram: já quase nem se fala em Zuleido e na Operação Navalha. Ninguém se lembra mais dos nomes dos sanguessugas. A imprensa e o público estão viciados em escândalos, querem sempre mais, mais fortes. E os envolvidos também.
Ao se solidarizar com Roriz, Renan estava principalmente agradecendo ao correligionário e colega pecuarista por ter dividido o fogo da imprensa com ele. Sabe como é, uma mão suja a outra.
Roriz, depois de muito chorar, rezar e pedir compaixão a seus pares, aguarda sereno e confiante o próximo escândalo”.
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