“O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos” (Nietzsche)
Fanatismo, do latim fanaticus,-a,-um, e do francês fanatique, é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política. Ou até mesmo com um entusiasmo obsessivo para uma postura ou um passatempo.
Pesquisando sobre o fanatismo, a professora Ana Lucia Santana encontrou significados diversos, como “culto excessivo de alguém ou de alguma coisa; zelo religioso excessivo; paixão política; intolerância; sectarismo; exaltação exagerada; faccionismo; dedicação excessiva”.
Segundo a psiquiatria, é um comportamento extremamente freqüente em paranóides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio.
O maior e mais pragmático exemplo de fanatismo e de fanáticos no Brasil esparrama-se na realidade sócio-política de hoje, com uma organização seguindo um líder político, Lula da Silva, e, em consequência, apresentando cega obediência ao partido dele, o Partido dos Trabalhadores.
São continuadas demonstrações paranóicas dos lulo-petistas, mudando de ideia de acordo com a orientação partidária, chegando ao cúmulo de negar os subsequentes atos criminosos dos mensaleiros, delitos demonstrados à exaustão pela polícia, pela Justiça e até no vídeo da televisão.
Temos na Rede Social uma falange de fanáticos querendo tapar o sol com uma peneira. Negam até evidências, manifestando – pelo menos na aparência – uma certeza cínica da inocência dos corruptos. Dizem os anti-petistas radicais tratar-se de amoralismo ideológico; que falta aos lulo-petistas senso de moral na adesão ao princípio de que o fim justifica os meios.
Da minha parte, já me acostumei com as provocações desses indivíduos obsecados e dissimulados, tendo por eles apenas compaixão.
Surgiu porém outro caso que fere preceitos e discursos, o recuo desonroso na troca de camisas do exaltado nacionalismo estatizante, com a adesão ao neoliberalismo, antigo alvo dos seus furiosos ataques.
O PT-governo passou a aprovar – de forma definitiva – os postulados econômicos que combateu violentamente na campanha que elegeu Dilma Rousseff para presidência da República. Hoje, na mesquinhez do amoralismo ela teve apenas o cuidado de trocar o rótulo da ‘privatização’, alcunhando-a de ‘concessão’.
Ainda soam nos nossos ouvidos as denúncias virulentas do lulo-petismo ao governo tucano de Fernando Henrique pelas privatizações; são inesquecíveis as bazófias da dupla Lula-Dilma jurando livrar o País da diabólica política capitalista.
Formaram um bando extremista de combate às doações à iniciativa privada; acusando um roubo com “a entrega do patrimônio público a quem nada investiu para viabilizar bens materiais, e que gozarão dos milhões subtraídos dos impostos pagos pela sociedade”.
Desta vez o PT-governo abandona àqueles princípios, assim, sem olhar para trás, sem se acanhar da traição ao seu passado. Sem vergonha, brindam a entrega de milhares de quilômetros de rodovias, de portos, aeroportos e hidrelétricas, às sanguessugas do Erário.
Sinceramente, não me espanta o conformismo obediente dos petistas, mas me deixa chocado a falta de indignação dos teóricos do populismo nacionalista do PT e dos seus satélites políticos. Até por fingimento.
Da minha parte, não discuto as privatizações. Considero-as até justas em certos setores da economia; mas revoltam-me as ameaças à legislação trabalhista que acompanham essas medidas. É uma reivindicação dos felizes bolsistas do ‘PAC das Concessões’.
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