O Brasil assiste estarrecido (e amedrontado) as ocorrências na Bahia – uma greve de policiais militares – que tem provocado muita violência e causado inegáveis prejuízos ao Estado e à população. Na liberdade solta da Rede Social uma inserção de @SamuelAlvez diz tudo: “Ver petistas contra uma greve e defendendo privatização não tem preço!
É isto aí: Enquanto o lulo-petismo adota a privataria e festeja a entrega de rentáveis aeroportos a grupos consorciados com estrangeiros e financiados pelo BNDES, o governador Jaques Wagner, do PT, ataca com virulência os PMs grevistas.
O caso das privatizações é para ser discutido à parte, porque requer um aprofundamento ideológico para discuti-lo; mas a situação na Bahia descortina uma cena nojenta, a incoerência e o cinismo do Governador e dos seu partido.
Não estou aqui para julgar uma greve de funcionários públicos, particularmente de militares, mas não consigo calar-me diante de fatos históricos, recentes, que desacreditam, por indignidade, o exercício da política como nunca ocorreu neste País.
Está nos anais do jornalismo e à disposição nas bibliotecas o apoio (e até financiamento) de movimento igual ocorrido em 2001 na mesma Bahia, quando o governador era César Borges. Os ideólogos lulo-petistas precisam explicar direitinho por que as greves dos policiais foram legítimas naquela época e são condenadas com repressão de tanques agora.
Mais de uma vez já perguntei quem mudou a realidade brasileira ou o PT. Nem frei Boff, com seu humanismo caridoso, responde essa. O descaramento de Jaques Wagner tem explicação: sua ideologia de pelego sindical pratica, sem pejo, o amoralismo político.
Wagner – que anda de patins no coração de Dilma e luta UFH na laringe de Lula – não tem a mínima vergonha de pular o muro ficando do lado oposto ao que se achava quando era oposição ao governo, tornando-se oportunista e sem-escrúpulos, chamando os PMS de “criminosos”. Do jeito como Lula comparou os presos políticos de Cuba com bandidos comuns.
Contando com o lastro do PT-governo, recebeu a ajuda da PF e do Exército para executar uma operação repressiva contra os grevistas, suas mulheres e filhos. Vem se negando a atender as reivindicações do movimento e até dialogar com as suas lideranças, que teem apenas um pedido para cessar o movimento, uma anistia geral para os ativistas
Corre, também, no Twitter numa Tag concorridíssima, #ABahiaPedePaz, a presença apaixonada de baianos e amigos da Bahia com apelos aos grevistas e ao Governador, ansiando pelo encerramento do caso. Em atenção e respeito a esta fração tuiteira, cabe outra indagação: Não é justo um recuo dos dois lados?
Um retorno das idéias de Jaques Wagner como sindicalista, e a consciência patriótica dos militares baianos, atenderiam ao reclamo nacional. A ninguém interessa a continuidade da situação, nem mesmo aos agitadores politiqueiros que se aproveitam do quadro político.
Se estivessem por trás da greve partidos de oposição, fazendo desta vez o que os lulo-petistas como opositores fazem (e fizeram a pouco na expulsão dos invasores de Pinheirinho) até esclareceria alguma coisa… Até por desagravo…
À “oposição” não interessa esse tipo de agitação, até porque tem telhados de vidro, além de não ser coisa de tucanos chegar às massas e insuflá-las. O apontado “líder” dos PMS, Marco Prisco, ex-policial militar, sempre tramitou em partidos ditos “de esquerda”, como PT, PCdoB e PSOL, só agora, recentemente, filiado ao PSDB.
Com esta exposição, queremos ajudar a pacificação da Bahia, para que todos vão atrás dos trios elétricos… E que só não vá quem já morreu.
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