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Paloci: exemplo do amoralismo arrivista

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

O perfil de Antonio Paloci é comum entre os arrivistas que conquistaram o poder, com Lula, por um estelionato eleitoral. Eles se firmaram e por duas vezes se reelegeram graças ao amoralismo arrivista que é o arcabouço da ideologia lulo-petista.

Paloci se elegeu prefeitoem Ribeirão Pretotrazendo para Brasília uma esteira escândalos que lhe custaram a perda do super-ministério na Era Lula, evidenciada na casa-prostíbulo que sediou a camarilha ribeirão-pretense sob seu comando.

Na casa suspeita, Paloci recebia malas de dinheiro e foi denunciado pelo caseiro Francenildo, que para ser desacreditado, teve o sigilo bancário violado por ordem do Ministro a cúmplices no Ministério da Fazenda e na Caixa Econômica

Hélio Fernandes, referindo-se ao fato, escreve que Paloci, na época, “foi demitido desprezivelmente, ‘absolvido’ pelo STF (também desprezivelmente).

A denúncia de enriquecimento duvidoso feita pela Folha de São Paulo, envolvendo esta personalidade suspeitosa, não precisa de comentários e divagações. Só lhe cabe uma pergunta: “Quem compra apartamento e sala comercial, multiplicando por 20 seu patrimônio, precisa ou não ser investigado?”

Os órgãos do PT-governo discordam de uma devassa, dizendo que precisam seguir os vestígios de enriquecimento ilícito, armando a presidente Dilma para blindá-lo diante do clamor público.

Façam o que fizerem os governistas da frouxa ideologia da pelegagem sindical, não adiante. Este fato deixa dúvidas que precisam ser destrinchados sem que caia, mais uma vez, no esquecimento público.

Paloci também se defende, alegando que a sua empresa de consultoria, a Projeto, lhe proporcionou os rendimentos de que dispõe atualmente, mas não diz qual o papel que essa empresa de faz-de-conta exerce, onde atua e qual o seu faturamento.

Não é preciso ser um detetive particular, nem araponga da ABIN, um repórter investigativo das revistas semanais para saber que as ‘consultorias’ são suspeitas pela própria natureza. Tanto que nos espertos círculos brasilienses são chamadas de “lavanderias”, porque lavam dinheiro.

Há exceções, claro, no cipoal das consultorias brasileiras e estrangeiras… É possível até que a maioria atue dentro dos limites profissionais e éticos, mas seja lá como for o crime organizado assume a ‘consultoria’ como meio eficaz de legalizar recursos advindos da ilicitude. Sem riscos, porque a entidade é ‘legal’.

No caso em pauta, tenho cá as minhas desconfianças, porque acho quase impossível que uma pessoa que declara um patrimônio de R$ 375 mil, venha a ter 4 anos mais tarde R$10 milhões, na maior sem-cerimônia.

Leve-se ainda em conta que empresa Projeto, do Ministro, não tem sequer uma placa na porta, conforme registraram os repórteres Andreza Matais e José Ernesto Credendio, autores da rumorosa reportagem da Folha.

Lembra inteligentemente Fernando de Barros e Silva que se Michel Temer diz que “O PMDB confia plenamente na lisura do procedimento de Palocci e estará ao lado dele”. É bom desconfiar.

A sindicância é um imperativo republicano, com se fez com Collor, envolvido e impichado por causa de um Fiat Elba, de Ibsen Pinheiro cassado pela compra de uma caminhonete e Alceni Guerra condenado sem que alguém saiba até hoje por que.

O político Paloci, da roda íntima de Lula e Dilma, conforme a Folha de São Paulo multiplicou seu patrimônio 20 vezes, num período em que foi deputado federal, recebendo R$ 974 mil no exercício do mandato.

Além da blindagem que recebe dos seus parceiros, fortalece-se pela discrição, como mostrou quando foi ‘demitido’ por Lula, ‘reabilitado’ pelo STF, candidato a deputado ‘apoiado’ por banqueiros e voltando a ser ministro ‘convidado’ por Dilma.

Essa maneira de ser amoral e arrivista entusiasma até os líderes tucanos Aécio e Serra, pretensos candidatos à presidência da República pela oposição.

Miranda Sá

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