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A Bíblia

MIRANDA SÁ – E-mail: mirandasa@uol.com.br

Nesta fase abominável em que Dilma diz que se sente “crucificada” e Michel Temer pede que o ministro Joaquim Levy “tem que ser tratado como Cristo”, o lulo-petismo mergulha a Bíblia no pântano do arrocho antipovo.

A distorsão dos tempos bíblicos trazem-me uma lembrança: Em 2010, após passar incólume pela roubalheira do Mensalão, Lula apresentou um balanço do seu governo e, para se reabilitar, disse que “Jesus se aliaria a Judas se precisasse de votos”.

Na época, havia um bispo atento na CNBB que levou a entidade a criticar essa heresia com uma nota, asseverando que “Jesus não fez concessões aos fariseus e saduceus”.

Mesmo com a réplica, o Brasil de então ouviu pregações proféticas. Parábolas e metáforas em profusão vieram para justificar o injustificável, isto é, explicar o porquê o Governo Federal ficou refém do fisiologismo e entregue à ladroagem nefasta dos “companheiros”.

Eram imundas as parcerias da Presidência da República. Hoje sabemos que não foi pelo pragmatismo político, nem para garantir “governabilidade”. Só acumpliciamento com políticos safados e colaboração com os ladrões do Tesouro.

O alarde dessa exigência para governar foi falso, feito apenas para legitimar o assalto à administração pública por políticos com folha corrida. Um atentado contra a República.

Pela minha ótica – de a-religioso – o comportamento do Pelegão que traiu a Pátria, e seus comparsas, usam de crenças para mistificar. O próprio Lula, certa vez, reconheceu sua incapacidade de enfrentar os grandes desafios a que se propôs, e de realizar as reformas estruturais que foram o carro-chefe ideológico do PT por duas dezenas de anos.

A verdade histórica é que, ao conquistar o poder, Lula e seu partido assumiram os tradicionais males do coronelato, da corrupção e dos privilégios; preferiram barganhar os princípios programáticos pelo apoio dos 300 picaretas do Congresso.

Na época, o povo não absorveu a realidade, a mídia foi colaboracionista e as pesquisas de opinião pública foram compradas. A sucessão, então, foi um estelionato que vendeu uma “gerentona” e elegeu uma incompetente. Desconfia-se que além da mentira demagógica, houve uma “ajudinha” das urnas eletrônicas.

Esta desconfiança materializou-se com o casamento das urnas eletrônicas com a Smarmatic, empresa criada na Venezuela para fraudar eleições narco-populistas dos chavistas. O matrimônio realizou-se no santuário da deusa cega do TSE sob as bênçãos de dom Toffoli, um apóstata da deusa Justiça.

Agora, Lula e seus parceiros estão às vésperas de serem julgados pela vontade do povo e a atuação de um juiz digno. Se isto ocorrer, será pelas provas de crimes contra o patrimônio público, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, e não por uma sentença condenatória de traição nacional.

Esta traição que se caracteriza pelo rompimento das promessas de defender um país livre, justo e solidário. E mais ainda, pela colaboração com potências estrangeiras, com abertura das nossas fronteiras para o narcotráfico e a entrada de armas de uso excluisivo das FFAA.

O bando de Lula e seus asseclas jamais alcançaria a materialização da utopia da liberdade, justiça e solidariedade pois agem ao contrário. Transformaram em “heróis” os quadrilheiros do mensalão, incentivando o aparecimento do Petrolão e do ainda encoberto BNDESALÃO…

A realidade nos mostra que a continuidade do lulo-petismo no poder fragiliza a nossa frágil democracia e o mal do presidencialismo que empresta uma autoridade incomum a uma só pessoa. Traços de rebeldia no Congresso Nacional são levados na chacota.

O realismo do lulo-petismo como teoria política – quase kafkiano – , suplantou o ideologismo do PT, que virou uma seita de fariseus e saduceus, seguidos por excluídos da moral e da ética, corrompidos, corruptos e corruptores.

Como seita fanática, petistas se enganam a si próprios quando vendem o Brasil por trinta dinheiros, atraiçoando a cidadania. Aproveitam-se de uma oposição partidária anêmica, leniente, incapaz de reagir.

Ao comparar-se repetidamente com Jesus Cristo, Lula usa a Bíblia fraudulentamente, distorcendo-a para servir aos seus desígnios diabólicos. Está mais para Judas, perdendo o respeito da cristandade, dos católicos, ortodoxos e evangélicos… O apóstolo traidor.

Miranda Sá

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