A desculpa fajuta de Nilcéia para sua própria frieza
Durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado que discutiu o caso da menina de 15 anos que ficou presa numa cela com 20 homens no Pará e trocou sexo por comida, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) comentou que acompanhou por este blog a demora da ministra Nilcéia Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, em dizer qualquer coisa a respeito.
A ministra respondeu:
– Efetivamente não me sinto na obrigação de vocalizar a qualquer colunista. A Secretaria não tem vocação para o espetáculo. Todas as providências já foram tomadas. Soltamos uma nota à imprensa no momento adequado.
E ironizou:
– Sinto muito que nós já estivéssemos trabalhando no ministério antes mesmo desse fato. Sinto muito que não é agradável ouvir que existem outros casos como esse no país.
Para completar:
– É dessa maneira que continuaremos trabalhando. Sem nenhum gosto pelo espetáculo, sem nenhuma intenção de tirar qualquer proveito político de um caso lamentável como esse. Isso é trabalho, não é espetáculo. Sou uma servidora pública com muito orgulho. Estarei à disposição para prestar qualquer esclarecimento necessário.
Manifestar sua indignação com crime tão bárbaro não trairia gosto pelo espetáculo – mas a ministra preferiu ficar caladinha até agora.
Cobrar providências enérgicas e urgentes ao governo do Pará para que apurasse o crime não trairia gosto pelo espetáculo – mas a ministra não o fez. Talvez para não embaraçar a governadora, sua companheira de partido (PT).
Voar ao Pará para se solidarizar com a menina e sua família não trairia gosto pelo espetáculo – apenas revelaria que a ministra é uma mulher sensível e uma autoridade atenta ao que se passa em sua área de atuação. Mas ela também não fez isso.
Tudo que fez foi despachar com atraso uma comissão para ir ao Pará ver o que estava acontecendo.
Deu um show de insensibilidade. E continuou dando, hoje, no Senado.
Foi um espetáculo inesquecível.
Fonte: Blog do Noblat
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