Categorias: Notícias

Poesia

Cemitério

Emily Dickinson

Tradução de Manuel Bandeira

Este pó foram damas, cavalheiros,

Rapazes e meninas;

Foi riso, foi espírito e suspiro,

Vestidos, tranças finas.

Este lugar foram jardins que abelhas

E flores alegraram.

Findo o verão, findava o seu destino…

E como estes, passaram.

Emily Dickinson

Tradução de Manuel Bandeira

A Poetisa

Viveu quase toda sua vida em Amherst, Massachusetts, EUA, onde nasceu em 1830. Tudo indica que levou uma vida gregária quando jovem, mas com o tempo tornou-se reclusa. A forma singular e solitária como viveu permanece pouco conhecida e desperta interesse e curiosidade entre os apreciadores de sua grandiosa obra poética.

As tentativas de elaboração de uma biografia mais completa têm encontrado inúmeras barreiras, e sua história, assim como sua obra, permanece repleta de inconsistências e enigmas. Após sua morte, em 1886, foram encontrados, entre seus papéis, cerca de mil poemas. A primeira edição de Poemas (1890) obteve um grande êxito. A vitalidade de sua obra a coloca entre os maiores poetas estadunidenses.

A primitiva simplicidade de suas estrofes se equilibra com audaciosa complexidade sintática e rítmica, além de flexibilidade no uso das rimas. Seus temas incluem as questões essenciais e existenciais do ser humano: a vida e a morte, o cotidiano, a mente e a natureza, Deus.

Sobre o estilo conciso da poetisa, a tradutora Lucia Olinto, autora do livro Dickinson, Emily, 75 poemas, expressa: “São poemas ‘apertados’ e às vezes quase sufocantes …”. Os poemas de E. D. parecem expressões contidas (mesmo não tendo sido escritos para divulgação à sua época), como pequenas gotas de um oceano oculto que precisaram atravessar árduo caminho até chegar à luz do dia.

Marjorie Salu

Compartilhar
Publicado por
Marjorie Salu
Temas: Notícias

Textos Recentes

DOS ESPÍRITOS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br) A Ciência nos mostra que historicamente o ser humano, desde sua formação primitiva na pré-história, jamais…

8 de dezembro de 2025 9h23

DAS BALANÇAS

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Um tuiteiro postou outro dia a foto de uma Balança antiga, de dois pratos e sua…

1 de dezembro de 2025 22h12

DOS MORTOS

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Fui provocado pela crônica "A Sofisticação da Simplicidade!" do intelectual gaúcho José Carlos Bortoloti, citando a…

24 de novembro de 2025 9h16

DAS COINCIDÊNCIAS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br) A vida é cheia de coincidências; mas as coincidências que encontramos nos círculos políticos são exageradas.…

18 de novembro de 2025 19h44

DA VIDA

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Recebi msg de um colega do ‘X’, leitor das minhas postagens, perguntando-me a razão que me…

14 de novembro de 2025 19h08

DA CONTRADIÇÃO

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) A Dialética de Hegel reinterpretada por Marx e Engels, tornou-se materialista, isto é, sai do campo…

5 de novembro de 2025 20h36