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UM CENTAVO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“As crianças e os loucos imaginam que vinte anos ou vinte moedas não acabam nunca”              (Benjamin Franklin)

Comparando os valores da honestidade e da ética que circulam no mundo político, veio-me à mente a moeda de um centavo, hoje inativa, que foi instituída pelo Plano Real em 1º de julho de 1994.

A família das moedas metálicas do Real foram R$ 0,01, R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,25, R$ 0,50 e R$ 1 todas impressas no Brasil, inicialmente em aço inoxidável e depois em aço revestido com cobre.

A extinta moeda de um centavo foi cunhada pela Casa da Moeda em aço inoxidável trazendo na “cara” a efígie da República, ladeada por um ramo de louros, e na “coroa” o valor e a inscrição “BRASIL”.

Excetuando a de R$ 0,01, todas as outras continuam em circulação, exceto as de um real de aço inoxidável, retiradas em dezembro de 2003 por causa do alto índice de falsificações. Curioso é que também surgiu a nota de 1 real, verdinha, imitando o dólar, com Efígie da República e no verso um beija-flor.

Referíamos, também, à desvalorização moral dos políticos cotejando com as moedas do Plano Real, onde R$ 1 real teve um curto período de igualdade cambial com o dólar no final de 1994 e início de 1995. No caso humano (ou seria desumano) a depreciação foi muito mais rápida a partir da eleição de Lula da Silva para a presidência da República.

Assumindo o poder, o Partido dos Trabalhadores arrastou consigo a malandragem dos pelegos sindicais e as manhas nascidas da esquerda de botequim. Roberto Campos descreveu bem o que é o partido de Lula, dizendo que “O PT é o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam”.

A inteligência do Twitter acrescentou, o PT é um partido formado de “honestos” que roubam e “especialistas” sem especialidade… Ambas verdades inseparáveis de qualquer descrição sobre a organização criminosa que ocupou o poder por 13 anos e deixou um “puxadinho” que se arrasta a quase três.

Foi a corrupção, a imoralidade e a incompetência reinantes na Era Lulopetista que desvalorizou as moedas de R$ 0,50, de cobre escurecido por passar pelas mãos sujas da politicagem reinante.

É certo que se multiplicarmos R$ 0,50 por 208.7800.598 brasileiros que somos, segundo o IBGE, daria a respeitável quantia de R$ 1.053.902.990,00 entregues à irresponsabilidade dos parlamentares perdulários legislando para favorecer interesses grupais, e dos magistrados que reivindicam aumentos salariais, mesmo tendo uma folha de pagamentos que supera em muito o que se paga aos juízes nos países ricos.

Seja talvez exigir muito de um povo intoxicado pela propaganda narcopopulista que explora a indolência, a malandrice e a tendência a gozar privilégios sobre todos; por isso, precisamos ser contra tal realidade e fazer uma campanha eleitoral que nos permita sonhar com mudanças.

Assim, faz-se necessário aplicarmos no câmbio republicano, valorizando a Democracia e pagando para extinção do narcopopulismo e sua herança maldita nas estatais corrompidas e nos ministérios cabides de empregos.

Está em nossas mãos eleger o próximo presidente, conscientes de que poucos candidatos possuem a qualidade de um estadista; mas podemos separar as moedas que estão na mesa, pondo de lado as de um centavo, dos cúmplices da corrupção que querem a volta do lulopetismo, glorificando a desonestidade, ao dizer sem-cerimônia, que “Lula roubou, mas ajudou o Brasil”.

Marjorie Salu

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