Não me lembro se foi sempre assim. As manhãs de outono aqui no Rio são cinzentas e frias. Parece outro lugar; para os esnobes, o fog londrino, ou garoa paulistana para os nacionalistas como eu…
Fico pensando que nos dias atuais o tempo é virtual, como o governo do PT; fica espremido entre o catastrófico aquecimento global e o frio glacial hollywoodiano. Este “tempo” é resumidamente climático. Não nos dá a noção de presente, passado e futuro. A cronologia tem uma medida, com átimos, segundos, horas, dias, semanas, meses e anos, (até séculos!). Sua mensuração é independente das condições metereológicas.
Não há um estudo científico que aponte quando surgiu a medida do tempo; os pesquisadores vão ao Período Paleolítico, cerca de 20.000 anos, encontrando indícios da sua origem; e concluem que tudo começou pela observação dos fenômenos naturais, a periodicidade da migração dos animais e a frutificação, sujeitos que eram os homens à caça e a colheita.
Nossos tupis-guaranis, práticos, distinguiam a passagem do tempo pelas fases da lua, e como esta observação vinha dos pajés, essa realidade simples tinha algo de magia. Isso nos leva à comédia “O Feitiço do Tempo”, um filme sob a direção de Harold Ramis, interpretado por Bill Murray e Andie MacDowell.
Desenrola-se na ida de Phil Connors, um egocêntrico homem do tempo da TV, a uma pequena cidade cobrir a previsão de uma marmota para o fim do inverno. Connors sofre uma alucinação do dia se repetir várias vezes, enlouquecendo-o. Termina com o happy end do romance entre ele e a produtora de filmagem.
A magia do tempo nos dias atuais se dissipa no amontoado das ofertas de relógios: vão dos japoneses, a R$ 15,00, até o preferido dos ditadores e dos pelegos que se locupletam com eles, o Rolex, cujo mais barato, o Submariner Date Stahl, está na base de R$ 12.056,00 e o mais caro é o Daytona Palatin custando R$ 129.158,00.
A análise do tempo político, porém, dispensa relógios e calendários; é a vivência do dia a dia, acumulando fatos irretocáveis, ou colhendo informações da mídia; assim chegamos à década perdida do Brasil sob os governos lulo-petistas.
Tudo começou quando os brasileiros, após o desastroso impeachment de Collor, o bem-aventurado governo Itamar Franco e FHC com seu Plano Real, elegeu-se em 2002, Lula da Silva para a Presidência da República. Este fato trouxe a ilusão de mudanças para muitos brasileiros. Mas foi um estelionato: o Pelegão curvou-se a Wall Street chamando Henrique Meirelles para dirigir o Banco Central, e simultaneamente aliou-se com Sarney, Renan, Jáder Barbalho e Collor…
Com o tempo, desvaneceu-se a esperança da militância honesta do seu Partido dos Trabalhadores. Os idealistas saíram de pronto, e pouco a pouco foram seguidos pelos bons que restavam. Ficaram os carreiristas hipócritas e os autômatos fanáticos.
O projeto de poder da República dos Pelegos reconduziu Lula a um segundo mandato e a seguir empurrou-nos garganta a dentro um fantoche que manobra. Assim, o PT mostrou sua cara horrenda. É amoral, inumano, desumano, totalitário e ditatorial.
Além dos oportunistas, que se acercam do poder para obter vantagens, gente mais moça, ignorando ou se recusando a acreditar, colaboram com o regime narco-populista no poder. Os corruptos se lixam para a História, e os inocentes úteis desconhecem o modelo stalinista do PT e seus satélites.
A magia do tempo poderia transportar esses estúpidos para a década de 1950 e a revelação das atrocidades e crimes cometidos por Stálin, emergidos do Relatório Kruschev. Se forem probos, abandonarão a idéia do igualitarismo sentimental e o internacionalismo voltado para ditadores sangrentos e corruptos.
Desconhecer a passagem histórica do fascio-comunismo do século passado, é aprisionar-se por si nas grades da ignorância. Felizes são os letrados e bem-informados de intelecto e horizonte amplos, que repudiam a enganosa taumaturgia do País das Maravilhas inculcada pela facciosa propaganda lulo-petista.
Escreveu Tolstoi que “o tempo e a paciência são dois eternos beligerantes”. Verdade. Mas é preciso estimular esta guerra, aconselhados por um poeta que cantou “Os moinhos do Senhor movem sem pressa, porém moem muito fino”.
MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) A genialidade do dramaturgo, poeta e filósofo alemão Bertolt Brecht, estrela ofuscante da arte teatral no…
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com,br) É emocionante o vídeo postado pela "Sexteto 4 Patas" como epitáfio pela morte do cachorro Joca,…
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br) Observei numa rachadura das pedras de uma calçada na minha vizinhança o nascimento vigoroso de uma…
MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) A busca da Felicidade é uma fantasia diversionista para fazer esquecer as agruras do dia-a-dia das…
MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Mal terminara a 2ª Grande Guerra, em 1946, meu pai levou-me para assistir na ABI (onde…
MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) A Violência se alastra pelo mundo como o espetáculo e o estrondo das cachoeiras, é impossível…