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MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

A tenebrosa estratégia lulo-petista de dividir para dominar, além de incentivar a luta de classes característica do hitlerismo, ativou através da sua propaganda fascista um antagonismo racial que vinha desaparecendo na realidade brasileira.

Eram tão pontuais as manifestações discriminatórias e tão intensa a miscigenação no Brasil, que levaram o antropólogo Darcy Ribeiro a projetar um povo bronzeado, produto de todas as nacionalidades aqui convergentes.

No seu livro “O Povo Brasileiro”, o inesquecível Darcy defende com lucidez a tese da nossa formação plural, e não é vão o estudo científico da benéfica e saudável composição do povo brasileiro de originários africanos, europeus, indígenas e orientais. É mais comum entre nós ver-se a mescla de casais de procedência diferente do que a discriminação declarada nos EUA e na Europa, mesmo em alguns países latino-americanos.

Entretanto, por força do estratagema político do PT, renascem manifestações racistas de brancos contra pretos, pretos contra brancos, anti-semitas e desprezo pelos emigrantes bolivianos, índios e até regionais, de nordestinos contra sulistas e sulistas contra nordestinos…

A última manifestação degenerada de racismo surgiu quando o diabólico chefe do lulo-petismo, Lula da Silva, assacou contra a “elite branca paulista”, culpando discriminatoriamente este estamento social pelas vaias e xingamentos de sessenta mil pessoas à presidente Dilma, num estádio esportivo de São Paulo.

É abrangente o epíteto “elite branca”, criada pela manobra marqueteira, lulista. Manobra nauseabunda, aliás, porque atinge um dos pilares mais produtivos da população brasileira. Para os arautos nacionais do “socialismo bolivariano”, ávidos por reescrever a História do Brasil, é desprezível a emigração européia e judaica.

As levas de brancos europeus fugidos de guerras, perseguições políticas e pogroms, aqui aportados viajaram, em sua maioria, em semelhantes condições subumanas dos africanos. Não as primeiras emigrações estimuladas ainda no Império.

O ignorante pelego sindical que chegou ao poder por um estelionato eleitoral nunca estudou – e os seus comparsas “intelectuais” pendurados nas tetas do governo não lhe ensinaram que a imigração européia passou a fazer parte da política imperial, visando à ocupação de regiões despovoadas do Sul do País.

O próprio imperador, assessorado pelo genro francês, o Conde D’Eu, incentivou a formação de colônias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, numa política de ocupação que deu certo, porque todos os núcleos prosperaram.

Alemães, seguidos pelos austríacos e italianos, exploraram e prepararam as terras inóspitas do Rio Grande do Sul e estenderam a ocupação seguindo o caminho dos rios. A região Sul recebeu então mais colonos germânicos e também poloneses, russos, tchecos, ucranianos e portugueses da Ilha da Madeira

No Sudeste, espanhóis, italianos e portugueses foram hegemônicos na migração. O Rio de Janeiro, Espírito Santo e principalmente São Paulo, ganharam com este surto, que promoveu a chegada de técnicos e artesãos que favoreceram as incipientes indústrias.

No desenvolvimento da agricultura, estavam os japoneses, e o progresso comercial deveu-se aos libaneses, sírios e turcos.

É esta a “elite branca” discriminada e esnobada pelos pelegos que ocupam o poder. Um governo que favorece e beneficia a entrada de bancos estrangeiros, privilegia a indústria automobilística e faz negociatas com empreiteiras, que, evidentemente, não estão nas mãos de negros, índios ou nordestinos.

A discriminação contra a “elite branca” tem a cara do PT e dos seus astutos roedores do Erário. Como mestiço que sou (e com muito orgulho) desprezo mais esta maquinação da pelegagem. E estamos conversados.

Miranda Sá

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