Importantes campos de petróleo no Sul e no Leste da Líbia estão em mãos de opositores, constatam jornalistas que já começam a entrar no país em guerra civil. O controle dos poços compromete a exportação de gás e petróleo. Com seu território cada vez mais reduzido, o ditador Muamar Kadafi enviou milhares de soldados e mercenários num contra-ataque às rebeliões em cidades próximas à capital, Trípoli. E voltou a falar na TV, mas desta vez só por áudio. Ele ameaçou cortar o envio de petróleo se os protestos não pararem e a1ertou que os opositores estão influenciados pela al Qaeda, de Osama bin Laden. Na corrida diplomática para frear Kadafi, a Suíça se apressou a congelar bens do ditador. Segundo o Itamaraty, todos os brasileiros que estavam em Trípoli já deixaram o país. Os que estão em Benghazi, onde milhares de pessoas se aglomeram no porto, devem embarcar hoje. Os conflitos fizeram o preço do petróleo encostar em US$ 120 ontem. Mas a cotação perdeu força após a Arábia Saudita prometer aumentar a produção de óleo para compensar a quebra na Líbia.
Na terra de ninguém
Já sob o controle dos rebeldes, a cidade de Tobruk, no Leste, perto da fronteira do Egito com a Líbia, é terra de ninguém. Aqui, Muamar Kadafi é proclamado um homem morto, relata Deborah Berlinck, enviada do GLOBO ao país que trava uma guerra civil para derrubar o ditador há 42 anos no poder. O centro de Tobruk parece uma pequena versão da Praça Tahrir, o principal símbolo da derrubada do ditador egípcio Hosni Mubarak, há duas semanas. Jovens líbios armados, hoje no comando da cidade, estão de prontidão, com bandeiras e cartazes, esperando a revolução chegar a Trípoli. Tudo que se refere ao regime líbio – o posto de polícia, as fotos de Kadafi e o seu famoso Livro Verde – foi destruído.
Kadafi denuncia Bin Laden e crise chega ao Brasil
Ditador líbio acusa terrorista de incitar protestos na Líbia e reforça a segurança na capital, Trípoli. Com a crescente deserção dos militares, rebeldes ocupam poços petrolíferos e se mobilizam para o confronto definitivo. Instabilidade no Oriente Médio eleva os preços de derivados de petróleo no mercado brasileiro. O querosene, utilizado para o transporte aéreo, subiu 7,1% na segunda metade de janeiro. A nafta, componente das embalagens plásticas, teve alta de 5%.
Ameaças de corte de fornecimento de petróleo
No terceiro discurso desta semana, o ditador líbio, Muammar Gaddafi, recorreu ao seu maior trunfo para tentar reaver o controle do país: ameaçou cortar o fornecimento de petróleo. A Líbia é o 11º maior exportador mundial da commodity, respondendo por 1,5% do comércio global. E a Arábia Saudita promete elevar produção para garantir oferta mundial
Europa prevê queda
A Europa já trata Muamar Kadafi como passado. A Suíça bloqueou suas contas, e França e Reino Unido ameaçam levar o ditador aos tribunais. “Espero, de todo coração, que Kadafi esteja vivendo seus últimos momentos como chefe de Estado”, disse um ministro francês.
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