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PANDORA

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Na sua tendência mórbida para o logro, Lula da Silva – o “Metalúrgico” – fundiu umas limalhas colhidas num ferro-velho e arremedou um poste, que chamou de “Gerentona”, elegendo-a presidente da República. Oportunista, quis dar seqüência à sua participação no poder com seus pelegos e aliados, os piores politiqueiros do País.

Foi um desastre essa macaqueação. O que se assistiu foi o Brasil ser sucateado pelos desmandos da incompetência e infectado pela corrupção desenfreada de ministros, diretores de estatais e assessores de coisa nenhuma…

Não há exemplo maior do definhamento dos valores nacionais do que a tomografia computadorizada dos escândalos da Petrobras, nascida dos reclamos do povo brasileiro na histórica campanha do “petróleo é nosso”, e criada por Getúlio Vargas nos idos de 1950.

Considerada um ícone da economia nacional, a estatal de economia mista e capital aberto – tendo o governo como acionista majoritário – pouco chama atenção na Bolsa de Valores, exceto pelos acionistas individuais burlados e roubados pelos pelegos lulo-petistas que a privatizaram por interesses peculiares. Frequenta inadequadamente as páginas policiais da imprensa.

Hoje, a Petrobras tem um ex-diretor preso, Paulo Roberto Costa, e vários colegas de diretoria com os bens bloqueados pela Justiça, a pedido do Tribunal de Contas da União. A sua presidente, Graça Foster, escapou dessa punição, blindada pelo acumpliciamento do Poste de Lula, também envolvida na desastrosa condução da empresa.

O assalto à Petrobras envolve reprováveis e criminosas compras de refinarias no Exterior: a Nansei Sekyiu no Japão e a Pasadena, nos EUA. Ambas acarretaram prejuízos inumeráveis ao patrimônio nacional. Delas, já se esgotaram as denúncias que estão presentes em comissões de inquérito no Congresso; uma de mentirinha e outra que não sai do lugar por sabotagem orientada pelo PT-governo.

Um escândalo imenso se encontra em território nacional, as obras superfaturadas da Refinaria Abreu e Lima, uma maracutaia de Lula da Silva associado ao finado ditador venezuelano Hugo Chávez. Esta associação criminal revolta qualquer um que tenha conhecimento dos seus subterfúgios para esconder o sobre-preço e a roubalheira descomedida.

Os ponteiros do relógio marcam a hora do maior abalo na opinião pública: A revelação de um formidável esquema de propinas envolvendo ministro, governadores e parlamentares: a delação premiada de um pupilo de Lula da Silva, Paulo Roberto Costa, tratado carinhosamente pelo Pelegão de “Paulinho”.

Esta abominável situação enterra Petrobras com a cumplicidade do “Poste”, levando-nos à mitologia grega. A passagem que conta como Júpiter amassou um pouco de lama e amoldou um objeto à imagem de mulher. Minerva vestiu essa coisa com uma atraente túnica branca e ornamentos de sedução. Fez dela, na expressão de Hesíodo, possuidora da “arte da mentira e das palavras enganosas”, e batizou-a de Pandora.

Júpiter presenteou a mulher com um pequeno cofre, cujo conteúdo ela deveria ignorar e estaria proibida de abri-lo. Ensinou-lhe como encontrar Epimeteu, irmão do titã Prometeu que roubou o fogo dos deuses para dar aos homens. Pandora seria levada por Epimeteu até eles para dar início à Humanidade.

No caminho, por curiosidade, a mãe do gênero humano, descerrou a tampa da arca e, ao fazê-lo, todos os males se espalharam pelo mundo; fechou imediatamente o cofrinho, porém o mal estava feito: só restou na caixa a Esperança.

É a Esperança que sobra para nós, patriotas brasileiros, livrarmo-nos dos males soltos por Dilma Rousseff, a Pandora de Lula…

Miranda Sá

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