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O Iceberg

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Tal como um sorvete que derrete em uma tórrida tarde de Verão, o Brasil vê sua credibilidade se esvair, fruto inegável os treze anos de desmandos da dupla Lula e Dilma”                                                                                                                        (Luiz Gustavo Barbosa Damásio)

Registram as enciclopédias que icebergs são grandes encostas de geleiras que se desprendem graças  aquecimento que cria fissuras ou por tremores sísmicos. Soltos, são arrastados por correntes marítimas que agem no bloco de gelo. De cada iceberg, somente 10% da sua massa emerge a superfície; os outros 90% permanecem submersos.

Foi um desses monstros gelados o responsável pelo histórico afundamento do Titanic em 14 de abril de 1912, uma tragédia que abalou o mundo e desmoralizou a engenharia náutica do início do século 20, que alardeava a indestrutibilidade do navio.

É possível comparar um iceberg com a corrupção lulo-petista: não sei por qual razão, a área conhecida dos sucessivos escândalos é apenas um nove avos, do assalto praticado. E também que o governo federal é uma espécie de Titanic…

Examinando as semelhanças encontramos em primeiro lugar, longe da vista, a presidente Dilma como um fantoche produzido e conduzido por Lula da Silva, o desonesto criador da fama de “gerentona” aplicado à sua “laranja”, a maior mentira repercutida nos treze anos de bandalheira do lulo-petismo.

A “Gerentona” de araque é malsucedida em quase todas as ações administrativas; desde antes de eleger-se presidente da República, quando ocupou no governo do pelegão Lula as pastas de Minas e Energia (quando presidiu o Conselho da Petrobras) e da Casa Civil (onde acolheu a vigarista Erenice Guerra na intimidade).

Nas Minas e Energia, temos a memória recente dos grandes desmandos ocorridos na Petrobras, tendo assumido a responsabilidade pela comprovada corrupção na compra das refinarias de Pasadena, holandesa sediada nos EUA, e da japonesa Nansei Sekiyu; e também não se pode esquecer a indecente venda da refinaria de San Lorenzo, na Argentina, negociada com os amigos de Cristina K, a narco-populista de lá…

Deixando nas mãos sujas dos seus partidários e aliados as rentáveis “minas”, a Presidente fracassou no campo da energia. Quem não lembra a promessa dela anunciando com o exibicionismo dos petistas baixar o preço das contas de luz? O que tivemos, além dos apagões, foi um considerável aumento das taxas de consumo de energia.

Na Casa Civil, entregou o leme do barco à astuta advogada Erenice Guerra, amiga particular, cujo filho – que tratava Dilma de “madrinha” – envolveu-se em tramoias nos Correios e usou de tráfico de influência, favorecendo a “sua” empresa de aviação MTA linhas aéreas.

Ainda na Casa Civil, enegreceu a República acolhendo sob suas asas de graúna, a favorita de Lula da Silva, Rosemary Noronha, conhecida como “facilitadora-geral da República”, com passe livre para agir. Voava no Aero-lula sem aparecer nas listas oficiais e, além de portadora de passaporte diplomático, usava as malas do Itamaraty a bel prazer…

Como presidente da República, alçada e dirigida por Lula, Dilma colocou o desastroso Guido Mantega, um pelego ítalo-brasileiro com diploma de economista, no Ministério da Fazenda. Ele havia assumido o Planejamento com Lula, quando jogava ping-pong com o Orçamento. Com Dilma suas trampolinices com números e estatísticas lhe valeram o apelido dado pelo Financial Time de “Mr. Bean”.

Mas não ficou apenas na comicidade do personagem trapalhão. Responsabilizou-se pelo desastre econômico, o gigantesco iceberg que deixou o Brasil adernado e à deriva. A conjuntura atual, que revela apenas 10% do desastre, está difícil de equilibrar.

O naufrágio anunciado da nossa esperança em ver a Pátria soberana, democrática, justa e desenvolvida, está sob o maremoto lulo-petista. Aparente, está a vergonhosa política externa conduzida por um comissário bolivariano no “Itamaraty do B”, vilipendiando a Casa de Rio Branco.

Felizmente, no mar de lama do PT, mantém-se a resistência iluminada com a presença patriótica de Castro Alves; e, já que “’Estamos em pleno mar” enfrentando o diabólico iceberg petista, vamos às ruas no dia 17 de maio, cantando com o Poeta: “Andrada! Arranca esse pendão dos ares! / Colombo! Fecha a porta dos teus mares! ”

Miranda Sá

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