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Nossa Páscoa

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Eu, distante, gostaria de celebrar a Páscoa ao lado dos patriotas brasileiros que estão sob o jugo da mentira e roubados pela corrupção lulo-petista. Enquanto esperamos o dia 12, seria a nossa Páscoa, a festa da libertação.

Aproveitando a poética de Lupicínio Rodrigues, meu pensamento está voltado para o Brasil, e “como é que a gente voa, quando começa a pensar” matutei sobre as distorções da antiga tradição familiar de setenta e tantos anos atrás.

Embora meu pai fosse positivista (e talvez por isso) lá em casa se respeitava os símbolos pascais primitivos, o peixe, o ovo e o cordeiro. Comíamos peixe na sexta-feira da Paixão e cordeiro assado no sábado; mamãe pintava ovos e os espalhava pelo jardim para que nós os achássemos…

Também a ganância do comércio ainda não havia desvirtuado a Páscoa para obter lucro, com o peixe virando bacalhau importado; o ovo chocolate e o cordeiro passando por uma mutação inexplicável, transformado em coelho…

A Páscoa de que fala a Bíblia só ocorre entre os judeus ortodoxos que a festejam lembrando a história do seu povo, levando á mesa o pão ázimo, ervas amargas e o cordeiro é abatido deixando o sangue escorrer. Servem-se do pão sem o fermento, que é condenado pela contaminação, de ervas amargas lembrando a escravatura no Egito, e o cordeiro é a paga do sacrifício exigido por Jeová.

Hoje, se nos reuníssemos como tanto eu desejo, o nosso banquete seria político: brindaríamos com um bom vinho argentino que, aqui em restaurante, custa R$ 16,00, enquanto em supermercado do Rio custa R$78,00… E falaríamos mal da carestia e da inflação, e compararíamos Dilma com Cristina K., pois são tão iguais e transparentes como água de esgoto…

Aqui, na Argentina, os kirchneristas inventaram um “Dia del Veterano de Guerra e los Caídos em las Islas Malvinas” para desviar o foco da roubalheira generalizada no País, e do último escândalo envolvendo um filho e uma sobrinha da Presidente. O quadro é semelhante ao que ocorre no Brasil, e o discurso de Cristina repete o mesmo chavão sobre a Democracia, às liberdades e contra a corrupção…

Tudo igual como um caminhão carregado de soja… O El Clarín traz uma página internacional com Dilma, sem uma palavra sobre a corrupção e o descontrole da economia; apenas novas promessas, juramento de que vai cortar gastos. E a repetitiva falácia de que lutou e foi presa para garantir a democracia que os brasileiros têm hoje…

Ambas, Cristina e Dilma, são bonecas falantes e, pelas mentiras, ostentam um avantajado nariz de Pinochio… Pensando nelas, volto à distante infância e juventude quando as famílias s se juntavam para malhar o Judas – incorporando um personagem escolhido entre políticos condenados pelo povo por mau comportamento.

Por tudo isto, na nossa Páscoa poderíamos nos unir aos “hermanos” argentinos para manter a antiga tradição, e pendurar no poste os judas dessas duas figuras sinistras que nos envergonham pela mentira e nos revoltam pelo cinismo…

Marjorie Salu

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Marjorie Salu

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