Contando com o apoio do grosso da população brasileira, em especial das mulheres, o ministro José Gomes Temporão, da Saúde, disse ontem que a descriminalização do aborto é um “problema de saúde pública”. De acordo com dados apresentados por ele, cerca de 220 mil mulheres fazem anualmente no Sistema Único de Saúde – SUS, curetagens em decorrência de abortos.
“Se considerarmos que o aborto é um crime, 780 mulheres teriam que ser presas por dia, sem contar com os seus médicos e, eventualmente, os companheiros”, informou Temporão, que não fez uma afirmação eloqüente da descriminalização do aborto, mas disse que em sua opinião o feto só passa a ter direito à proteção jurídica a partir da 12ª semana de gestação, quando começa a formação do sistema nervoso central. “Antes, portanto, não há consciência nem dor”, constata.
Este debate sobre o aborto precisa ser estimulado para que o País se dê conta da necessidade de separar um importante problema social de conjecturas filosóficas ou religiosas. Trata-se de um passo para o amadurecimento da sociedade, que deve tomar conhecimento e refletir sobre os assustadores números que o sistema médico apresenta, como por exemplo, que ocorreram 1,4 milhão de abortos clandestinos no Brasil, um para cada três crianças nascidas vivas.
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