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LIVROS (2)

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum écran e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional. (Umberto Eco)

Para minha alegria uma das mulheres da Presidente está entre os que se vão com o impeachment: A super-ministra do PT-governo, Nilma Gomes, de importância tão grande que acumula a chefia dos ministérios Das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Brasil. Faltou-lhe ocupar o Ministério da Cretinice.

Este último ministério que eu proporia nada tem a ver com os títulos que dona Nilma deve ter, nem pela lábia que deve ser escorreita, nem pelo respeito que Dilma parece lhe dedicar: seria uma pasta para cuidar da imbecialização de quem pediu o banimento do livro ‘Caçadas de Pedrinho’, de Monteiro Lobato das bibliotecas escolares.

Não que o tal Programa Nacional Biblioteca na Escola – que só existe na propaganda do País das Maravilhas do PT – concedesse algum galardão a Lobato, que está anos luz acima da intelectualidade chapa-branca; o problema é a excomunhão de um livro pela polícia do pensamento do lulo-petismo.

Dona Nilma é aplaudida pela manada de asnos que impregna a Ingenuidade dos jovens que ainda acreditam no ´socialismo bolivariano´, por que o racismo às avessas selecionou alusões à negritude num contexto muito distante do que o ‘politicamente correto’ resolveu afro-brasileirar…

Reescrevendo a História, o lulo-petismo não leva em conta que os livros infantis de Monteiro Lobato antecedem a idiotice da “dívida histórica” imposta pelo racismo às avessas, omitindo os crimes escravocratas dos sobas africanos negros, e dos traficantes europeus.

A ministra Nilma me faz recordar o califa Omar, que mandou queimar os setecentos mil volumes da Biblioteca de Alexandria, justificando que aqueles livros ou continham textos contrários ao Alcorão – e mereciam ser destruídos -; ou eram de conformidade com o Alcorão, que se basta aos ensinamentos do Profeta.

Os preconceitos contra a cultura foram usados por muitos omares, e o mais famoso deles, Adolfo Hitler, promoveu a noite da “Queima de Livros” no dia 10 de maio de 1933, logo após assumir o governo alemão.  Foi o início da feroz perseguição aos intelectuais que não seguiam a bíblia nazista, o “Mein Kampf”.

Não custa lembrar que na época a União dos Estudantes Alemães e a Juventude Hitlerista apoiaram a destruição das obras de autores ‘burgueses’ consideradas corrompidas pelo nazismo.

No balaio dos livros de “escritores burgueses” jogados na fogueira, estavam pesquisas históricas, psicanálise, teorias do Estado, tratados filosóficos e até os trabalhos de Física de Einstein!

Daí em diante reinou a brutalidade, entregando-se à Gestapo carta branca para importunar, prender, torturar e matar ciganos, eslavos, gays, judeus, negros e testemunhas de Jeová.

Os nazistas foram fanatizados pelo seu Führer; a palavra em alemão que quer dizer chefe, líder, ou coisa assim, lembrando muito o culto da personalidade também instituído pelo stalinismo e caricaturado nos regimes narco-populistas da América Latina.

O narco-populismo é uma degenerescência do socialismo teórico, chegado ao autoritarismo e à intolerância. No Brasil, uma das suas milícias entra em centros de pesquisa agrária e destroem trabalhos de anos; mulheres histéricas arrancam das estufas mudas de plantas e as pisoteiam numa dança macabra.

Condenar pesquisas e coibir a necessidade biológica da leitura são ações idênticas, mas contra os livros é praticada no andar de cima. É a alta hierarquia petista e os chefetes das tendências subalternas que atuam em nome de uma fraudulenta utopia, a mesma que os pelegos lulo-petistas usam como uma gazua para o assalto aos cofres públicos.

Este cenário é o que se vê na realidade brasileira da incompetência de Dilma para administrar o País e da ampla, geral e irrestrita desonestidade do seu criador, Lula da Silva, que furtou o Palácio Alvorada onde só deixou os livros…

Marjorie Salu

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