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LIBERALISMO

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

“As mudanças sociais são devidas tanto ao pensamento, como o fluxo de um rio às borbulhas que revelam a sua direção a um observador” (Bertrand Russel)

Ainda esperamos que se liberte o Brasil das políticas errôneas e antinacionais baseadas na ideologia superada dos governos lulopetistas. É por isso que vale a pena discutir-se a proposta do liberalismo econômico.

São as relações de produção e consumo que determinam o desempenho econômico e consequentemente as atividades política e social. É esta a visão liberal, como uma regra que associa os elementos de causa e efeito na vida de um País.

Não é uma ideologia utópica nem uma teoria complicada, limita-se ao direito de minimizar o poder do Estado para que este atenda apenas as necessidades básicas, educação, saúde, segurança e previdência.

É simples. Pode-se conferir na experiência de muitos países de economia aberta, com o liberalismo impulsionando o comércio, a indústria e os serviços nascidos com as novas tecnologias, registrando fortalecimento de uma classe média produtiva e independente de favores governamentais.

Esta ideia progressista vem das revoluções francesa e americana, que consagraram a Declaração dos Direitos Humanos e a Constituição dos EUA, adotando o princípio de que todos os homens nascem iguais, embora, como escreveu o nosso epigrafado Bertrand Russel, “as desigualdades surgidas posteriormente são um produto das circunstâncias, como a Educação”.

Russel recebeu de Locke, a quem chamou de “o mais afortunado dos filósofos”, a compreensão do liberalismo, imposto pela divulgação de Voltaire, influenciando os enciclopedistas, cujas lições são uma presença viva nos dias de hoje.

É o senso comum, em tese, que deve ser adotado por um governo que tenha uma participação popular ouvindo a voz do povo e não de minorias ruidosas; que garanta a liberdade de expressão do pensamento, a tolerância religiosa e que respeite o individualismo.

Nas veredas que percorremos no Brasil vemos o otimismo que andava em baixa nos meios populares. O presidente Jair Bolsonaro, eleito pela onda popular de repúdio ao narcopopulismo corrupto e corruptor, recebeu aplausos na montagem do seu governo sem o troca-trocas com os picaretas do Congresso Nacional.

Convenhamos, porém, que este otimismo diminui na medida em que o epicentro do poder se divide em tendências e aumentam as pressões internas e externas que desviam o rumo anunciado na campanha eleitoral por Bolsonaro.

As mudanças de direção preocupam o centro liberal que teve uma presença ativa nas eleições e depois da vitória eleitoral defende o desenvolvimento econômico nos moldes anunciados e o combate ao crime organizado, a sonegação fiscal, o terrorismo e as organizações antissociais.

Para isto, é preciso evitar a erosão nas margens do rio em que navegamos, provocados na vazão governamental. É necessário impedir o assoreamento político que traz riscos e provoca desgastes. É urgente mitigar a generalização de pronunciamentos inúteis e prejudiciais ao fluxo do governo.

Está para a oposição tresloucada, derrotada nas urnas, o momento de sabotar a máquina pública, mas não para quem votou em Bolsonaro; os entulhos vindos do lulopetismo prejudicam menos do que os atritos internos exibidos gratuitamente.

Felizmente, temos nas duas superpastas específicas de Estado, a Economia com Paulo Guedes, e a Justiça e Segurança Pública com Sérgio Moro, a moderação fundamental que impõe respeito.

Ambos reforçam a nossa crença de que a corrente liberal e democrática serão as borbulhas que auxiliarão o curso político que libertará o Brasil.

Marjorie Salu

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Marjorie Salu

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