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INTOLERÂNCIA

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Liberté, Egalité, Fraternité
Lema da Revolução Francesa

Se eu tivesse que dicionarizar o verbete ‘intolerância’, escreveria: Substantivo Feminino – Atitude mental discriminatória e preconceituosa, evidenciada na falta de respeito às diferenças de opiniões filosóficas, políticas e/ou religiosas.

Nesta situação crítica que o Brasil atravessa a presidente Dilma, ministros “da casa” e os militontos ligados à comunicação seguem a orientação marqueteira para “universalizar o tema”, isto é usar a palavra ‘intolerância’ direta ou indiretamente, e, como ensinou herr Goebbles, repeti-la à exaustão para alimentar as massas como na engorda dos perus de Natal.

A intolerância tem uma travessia histórica que vem de muito longe (A palavra ‘Travessia’ também está sendo ‘universalizada’). Uma das mais conhecidas no Ocidente foram a perseguição e morte de bebês por Herodes, os fariseus e os escribas na busca do Cristo que deveria nascer.

Também não é possível desconhecer a intolerância no século I, quando o imperador Nero para recuperar a perda da popularidade e fugir do desprezo popular, perseguiu os cristãos, levando-os à arena para serem mortos e devorados por feras, crucificando-os e usando-os como tochas humanas.

Bem depois, na Idade Média, outro exemplo de intransigência e preconceito voltou com o cristianismo vitorioso na Europa. No século XII, na França, surgiu a Inquisição promovida por várias instituições católicas massacrando os hereges cátaros e valdenses que se recusavam obedecer ao Papa.

Quando a inquisição decaiu, surgiram os pogroms, tendo como maior exemplo a Noite de São Bartolomeu, em França, no ano de 1572 com bárbaros assassinatos de protestantes. A palavra pogrom, é de origem russa. É a perseguição violenta, castigando pessoas, principalmente judeus, saqueando e destruindo suas propriedades.

O termo pogrom ganhou notoriedade  pelo arrastão que atacou o sul da Rússia entre 1881 e 1884, causando o protesto internacional e levando à emigração maciça dos judeus russos.

Com o nazismo, está gravada na memória a barbárie que foi a Noite dos Cristais (ou Kristallnacht/Reichskristallnacht), o início do flagelo sofrido pelos judeus alemães que chegou ao holocausto.

Pelas características da democracia norte-americana a justiça deles considera criminosa a intolerância na sua versão psíquica. Aqui no Brasil esse tipo de intolerância passa muitas vezes despercebida ou dura pouco; logo é esquecida.

Guardo na memória o exemplo de intolerância psíquica de Lula da Silva convocando um tal ‘exército de Stédile’ para enfrentar os oposicionistas; e, seguindo a voz do dono, o também pelego Wagner de Freitas, presidente da CUT, ameaçou recentemente pegar em armas para defender a bandidagem instalada no PT-governo.

Dilma acabara de condenar raivosamente o traque de São João que um moleque jogou na calçada do Instituto Lula, quando Wagner discursou ovacionado pela pelegagem dos movimentos sociais. Foi no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Vê-se, dessa maneira, que a intolerância do marketing lulo-petista só tem um lado: A intimidação explícita do uso de armas contra o povo é indulgência benigna; ir às ruas contra o PT-governo que saqueia o Erário, é intolerância…

Miranda Sá

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