Um dia após a ocupação do Complexo do Alemão, o governador Sérgio Cabral anunciou que já conseguiu do Ministério da Defesa a garantia de que o Exército poderá permanecer por sete meses no conjunto de favelas até que o Alemão e a Vila Cruzeiro ganhem Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Enquanto cerca de sete mil PMs forem treinados, militares do Exército serão responsáveis pelas operações de cerco, buscas e patrulhamento das favelas. Os soldados que estão nas duas comunidades passaram pelo Haiti e têm experiência em ocupações. Denúncias de saques nas casas de moradores durante as operações policiais levaram à criação de uma ouvidoria em caráter emergencial.
O custo para implantar e equipar as UPPs deve superar R$ 2 milhões, financiados por um fundo de doações da iniciativa privada. Só a UPP no Alemão deve precisar de cerca de 2.000 homens, 5% do efetivo da polícia no Estado. A folha salarial mensal das novas UPPs será de ao menos R$ 4 milhões, 4% dos gastos do Rio com pessoal da PM.
As batidas policiais em casas no Complexo do Alemão revoltaram vários moradores. Sem mandados de busca, a polícia anunciou que só procuraria armas, drogas e fugitivos, mas está sendo acusada de cometer abusos.
As imagens da fuga em massa de bandidos, exibidas pela TV Globo, deixaram duas perguntas no ar: para onde foram todos os traficantes e onde estão as armas? A policia já prendeu 123 suspeitos, mas investiga a hipótese de que muitos dos 600 traficantes da área tenham escapado pela galeria pluvial do PAC. A revista no Alemão não tem data para acabar.
Na manhã seguinte à invasão do complexo do Alemão pela polícia, o comércio voltou a abrir, moradores saquearam casas de traficantes e um policial disse achar que operários do PAC foram obrigados a abrir galerias de fuga.
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