Todas as exceções confirmam a regra antiga de que toda regra tem exceção…. Não sei se vale para as conversas de bar, principalmente quando termina a última sessão do cinema e os cinéfilos discutem os “filmes de arte” reconhecidos como tais por uma meia dúzia de três ou quatro críticos.
Bem. Estou falando de um tempo antigo, o “meu” tempo. Mais tarde se macaqueou dos gringos a “happy hour”, desculpa de bêbado para deixar o trânsito amainar. Então se começa com o Chopp apreciado devagarinho e do Whisky ralo diluído em água com gás. Inicia-se um papo ameno.
Depois a coisa esquenta. E quando se fala de política, o tom de voz alteia e a conversa de bar vira conversa de bêbedo. Fico imaginando como protagonizam atualmente os extremistas fanáticos de “direita” e de “esquerda” (entre aspas, pois me refiro a bolsonaristas e lulistas). Estes assumem o que Stanislaw Ponte Preta considerou: – “Conversa de bêbedo não tem dono”.
Neste trágico momento que atravessamos assistindo a crise bélica no Leste Europeu vem comprovar uma curiosa situação. Afirma-se nas conversas de bar a hipótese matemática de que as paralelas se tocam no infinito. A estupidez levou os extremistas a se encontrar. O bolsopetismo assumiu este truísmo na política nacional.
Juntos, os dois lados defendem de uma maneira ou outra a invasão russa na Ucrânia. Os argumentos são diferentes, mas sustentam que a guerra é justa. Os bolsonaristas reconhecem as boas relações do Capitão com Putin no campo político aplaudindo a Rússia no Caso Amazônico e defendendo os fertilizantes.
Os petistas remoem a superada visão anti-imperialista que os põe sempre contrários aos norte-americanos, condenam a tentativa de cerco à Rússia caso a Ucrânia participe da Otan.
Há, sem dúvida, vestígios de verdade nestas alegações. Mas nada que justifique uma guerra. De formação pacifista eu seria preso na Rússia condenando a guerra e por igual motivo torno-me alvo das críticas (algumas mal-educadas e virulentas) de bolsonaristas e petistas….
É a estupidez humana fazendo “strip-tease”. Esta obscena nudez está exposta em todos os países do mundo. Uma encenação que se vê nas ruas, nos shoppings, nos supermercados e principalmente nos coletivos, avião, ônibus e metrô.
Lembro o aforismo de Marck Twain afirmando que quatro quintos da humanidade é formada de desorientados. Fico imaginando este percentual de estúpidos pelo mundo afora…. No Brasil, pelas preferências eleitorais que as pesquisas divulgam, são milhões.
Além de imantados pela estúpida polarização eleitoral, juntam-se aos que desmatam as florestas para a boiada passar, os que envenenam os rios garimpando ilegalmente, àqueles que massacram indígenas para explorar reservas, os que desvalorizam a Educação, que negam a imunização pela vacina contra a covid-19 e agora, aos defensores de guerras.
É bastante conhecida a estupidez que se hospeda na Política, e com eles colunistas e comentaristas midiáticos criticam a maior conquista da civilização, a Declaração dos Direitos do Homem.
Na Magistratura surgiu um tal “garantismo” para defender políticos corruptos e os fardados, militares das três armas se metendo na política rasteira dos comissionamentos e das propinas.
Evidencia-se também, vergonhosamente, alguns médicos que por ideologia distorcida ou falta dos estudos necessários ao exercício da profissão assumem o estúpido negativismo bolsonarista.
A estupidez humana é revoltante. Espero que o cientista Einstein que epigrafamos, tenha se enganado; e que o sábio Aristófanes se precipitou ao enunciar que “a juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, porém, a estupidez é eterna. ”
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