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ESQUERDISMO

MIRANDA SÁ (mirandasa@uol.com.br)

“O maior perigo para as ideias, para a cultura e para o espírito, pode mais facilmente vir de um inimigo sorridente” (Aldous Huxley)

Vitoriosa a revolução bolchevique na Rússia, o seu venerado líder Vladimir Ilitch Lênin (cuja múmia é exibida num Mausoléu em Moscou), escreveu o livro “Esquerdismo: Doença Infantil do Comunismo” alertando os fundadores da Terceira Internacional Comunista para os desvios ideológicos esquerdistas na “construção do socialismo”.

Esta preocupação com a estreiteza e as ambições inexequíveis dos “revolucionários tresloucados” como chamou, vigora até hoje entre os herdeiros de Stálin, inconformados com o fracasso do regime na União Soviética. Efetivaram-se como defensores do “quanto pior melhor”, e para isto topam tudo todo tempo.

Embora alguns aceitem o Esquerdismo como uma “teoria praticista”, móvel das contestações sociais que sempre existirão, não sabem que foi o suporte midiático de apoio à ditadura stalinista e dos tentáculos imperialistas soviéticos nas chamadas “Repúblicas Populares” do Leste Europeu.

Sem a formação fatalista do islamismo, o esquerdismo de hoje tornando-se um braço do globalismo, adota o terrorismo de gabinete nas democracias praticado pelas minorias parlamentares, como os pelegos fazem nos sindicatos. Tem atuação nos quatro cantos do mundo, mas na América Latina, e principalmente no Brasil, se veste com os trajes do populismo.

Aqui, é praticado pelas frações infiltradas nas organizações sociais, corporações e movimentos populares servindo-se destes para fazer manifestações rumorosas assustando os detentores do poder. Aparecem como defensores dos explorados e perseguidos em qualquer reivindicação que surja. Usam-nos para fins partidários.

Além dos sindicatos e órgãos representativos de profissionais liberais, de estudantes, mulheres, camponeses sem terra e trabalhadores sem moradia, é visível na multiplicação de partidos inexpressivos eleitoralmente, mas mamando nas verbas públicas para sabotar as instituições republicanas.

Mesmo com os seus dirigentes corrompendo-se com os benefícios governamentais e propinas empresariais, o esquerdismo se mantem na massa influenciável pela repetição de slogans; e isto estimula o carreirismo dos doutrinadores que algemam os fanáticos à causa.

Os que se assumem humanistas, sentem-se devedores da humanidade, e se propõem a pagar essa dívida com o dinheiro dos outros, como disse G. Gordon Liddy. Os outros travestem-se de bonzinhos para conquistar espaços políticos aliando-se aos corruptos políticos, corruptos empresários e corruptos sindicalistas. Tal parceria rende-lhes posições nas estruturas do poder, que usam para miná-las. Isto fica transparente no engavetamento do projeto AntiCrime de Sérgio Moro na Câmara e o favorecimento ignóbil de alguns togados do STF à campanha do “Lula Livre”.

É indesmentível que o esquerdismo armou uma conjuração contra a Lava Jato no Congresso, no STF e, por oportunismo, de alguns membros do círculo presidencial, conchavando com conhecidos protagonistas do Legislativo e do Judiciário. Só não vê isto quem não quer, ou usa antolhos para não ver o envolvimento dos seus mitos.

Entretanto, queiram ou não os defensores de uma volta ao passado, o Brasil acordou; o povo continua reagindo contra os políticos corruptos, o crime organizado, os privilégios de minorias e o carreirismo dos oportunistas. Ouvimos isto nos trens, nos ônibus, nas filas de banco e dos supermercados.

Em comunhão com o povo, os patriotas precisam voltar às ruas e às praças neste momento crucial para o País. Vamos a um Verão Democrático para impedir a volta apocalíptica da pelegagem corrupta e do esquerdismo degenerado, narcopopulista e corrupto.

Marjorie Salu

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