Não é de agora que nos deparamos com coisas ilógicas, despropositadas e contrárias ao bom senso. Considerações que chamamos de “Absurdos”. E está claro que nos tempos paradoxais em que vivemos o que vem de longe piorou muito….
Como verbete dicionarizado, Absurdo pode ser adjetivo e substantivo; no primeiro, o que é contrário à razão e ao bom senso; que não faz sentido; e como substantivo, algo disparatado e insensato; figurativamente, projeto fantasioso, utopia.
O Absurdo chama atenção para o que é Ilógico, Incoerente e foge às normas estabelecidas pelos costumes dos povos no mundo inteiro; e é por isto que merece ser estudado; mas, pela abrangência planetária, será de bom tom limitar as pesquisas aos absurdos ocidentais….
Mesmo assim, o campo é vasto, intervindo em todas ações humanas em sociedade; na arte, na ciência, nos costumes, na literatura, na política e na religião. Percorre na trilha da História como um burro com as cangalhas carregadas de irracionalidades. Inauditas.
Na prancheta das artes lamentamos o desaparecimento das maravilhas do mundo antigo, restando apenas a Grande Pirâmide de Gizé e a Muralha da China; a Ciência esqueceu a revolução ocidental da Medicina, guardando dela apenas a memória de Hipócrates.
O comportamento humano em sociedade também deixou que as classes dominantes omitissem os horrores da escravidão indígena e negra, que deletasse a brutalidade da Inquisição, esquecesse o brutal colonialismo europeu que oprimiu e saqueou os povos na África e na Ásia; e fantasiasse que sob a bandeira da Cruz, viu-se a conquista espanhola e portuguesa das Américas dizimando povos e destruindo as civilizações do México, Mesoamérica e Andes.
Perdura até hoje a estreita mentalidade colonialista nos poderes brasileiros. No caso a Justiça o que vemos é a leniência com o crime, principalmente com a corrupção e se vê o absurdo da facção criminosa de São Paulo, o PCC, manter um Tribunal mais ágil e mais justo, condenando à morte o bandido que sequestrou, violentou e matou uma estudante da USP.
Igualmente correndo nas pistas das incoerências e despropósitos, a religião judaico-cristã se divide entre negocistas frente a um balcão de venda dos evangelhos fraudulentos e a adoração judaico-católica dos fantásticos contos das mil-e-uma-noites sobre a origem da vida num livro “escrito” por seu deus humanizado.
São absurdos as fantasias da Torah (Velho Testamento), o absurdo anticientífico da criação do mundo em 6 dias (Gênesis 1), o mito da criação em conflito com a origem da vida (Gênesis 3); com pessoas vivendo centenas de anos (Matusalém 969 – Gênesis 5:27); a saída dos hebreus do Egito pela abertura do Mar Vermelho (Êxodo 14) …. E vai ao extremo com todos os animais do mundo salvos do dilúvio na arca de Noé.
Na vertente cristã do judaísmo a História registra a morte do cristianismo primitivo tornando-se uma religião imperialista, coroando como “rei dos reis” o Carpinteiro de Nazaré um homem comum, altruísta e milagreiro que andava com pescadores, empregados, prostitutas e inválidos.
Sua trajetória tornou-se um dogma baseado na suspeita verdade de Mateus, Marcos, Lucas e João transcrevendo nos quatro evangelhos “oficiais” o disse-me-disse transmitido oralmente durante 100 anos. Foram aprovados nos primeiros concílios de Cartago e Niceia ao gosto da hierarquia eclesiástica da nova religião; e excluídos outros depoimentos como os evangelhos de Tomé, de Filipe, de Maria Madalena, de Judas e o Protoevangelho de Tiago.
Resultantes desses absurdos culturais, nações inteiras caíram no lamaçal do fanatismo e convivem com os disparates paradoxais da absurdez jurídica vendo-se o STF, leniente com o crime, silenciar com o asilo dado por Lula a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada pelo Tribunal Superior Nacional do seu país por corrupção.
Quando abordamos a política – onde tudo que é insensato -, assistimos Edinho Silva um dos principais hierarcas do PT, dizer em longa entrevista que Lula deve manter o pelego Carlos Lupi no ministério, mesmo com a descoberta da gigantesca fraude no INSS; reconhece que o traidor da memória de Brizola é um dos raros políticos não petista que defende o sindicalismo de coalizão com o crime organizado.
Vê-se desta maneira que a realidade brasileira não é lógica ou racional, é contrária à razão e ao bom senso; revolta como absurdo a quem é contra a polarização eleitoral dos dois populistas corruptos, um se assumindo falsamente “de esquerda” e outro falsamente se assumindo como “de direita”.
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