Categorias: Artigo

CUMPLICIDADE

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

A submissão a determinações que não se fundamentam na ética, na honestidade e na verdade, é cumplicidade, é crime!  (Flávio Teles, professor)

A palavra “Cúmplice”, dicionarizada, tem dupla classificação gramatical, como adjetivo e substantivo dos dois gêneros; referindo-se a pessoa que colabora com outra (os) na realização de alguma coisa; sócio, parceiro. Em juridiquês é quem auxilia ou facilita a realização de um crime, mesmo sem tomar parte ativa na sua execução.

No coloquial tem usos vários. Teve até novela no SBT “Cúmplices de um Resgate” e composições românticas de Cazuza, “Cúmplice”, onde clamou “Meu amor, meu cúmplice/ Meu par na contramão”, e de Fábio Jr., “A Cúmplice” onde cantou “Amante e confidente/ A cúmplice de tudo/ Que eu fizer a mais…”

Romantismo à parte: A faxina contra a corrupção (interna e externa) varre o PT, principal agente deste cancro, e seus partidos cúmplices autodenominados “de esquerda”, sendo na verdade grupos narcopopulistas, aliados do chavismo e da pelegagem sul-americana.

As investigações da Lava Jato repercutiram nas recentes eleições municipais   produzindo a queda do sistema partidário “esquerdista” com o repúdio dos eleitores de Norte a Sul do País, com exceção do Acre, menos petista e mais oligárquico, sob o comando da Família Viana.

Os cúmplices inegáveis do lulopetismo, Psol e PCdoB perderam votos; o PSTU encolheu ainda mais; a recém-fundada Rede afirmando-se contra o extremismo, não atingiu uma votação expressiva e os nanicos PCs continuam desprezados pelo povo.

Com a derrota acachapante (sou fã deste termo para designar mau êxito, destroço) do lulopetismo e seus cúmplices, vem o presidente do PT, Rui Falcão, orientar o apoio irrestrito ao candidato do Psol no Rio, Marcelo Freixo, e há também uma expressiva movimentação de militantes petistas descontentes com o partido e com Lula de ingressarem no Psol ou fundarem uma nova legenda neste oceano revolto e inexplicável de partidecos inexpressivos.

Isto é um sinal de alerta para os cariocas honestos, e dos brasileiros em geral fartos de corrupção e impunidade. Freixo, através de uma adoção marqueteira, leva cpm seu carreirismo a tentativa de ganhar a eleição no Rio, superando a derrota na primeira disputa eleitoral.

Foge da marca lulista, muda de cor e de slogans. Já não fala em “eleições diretas já”, nem no “Volta Dilma”. Um hipócrita discurso eleitoralista, pois após o anúncio da ida para o 2º turno, os cúmplices do PT e de Lula acorreram para festejar na Lapa, reduto de boêmios e revolucionários de botequim e aplaudiram no início da fala do candidato Freixo o grito “Fora Temer! ”.

Nada há de mais expressivo nisto. Mesmo com a desastrosa situação econômica do Estado do Rio e da Prefeitura pós-Olimpíadas, os neo-psolistas não pensam em administrar, apenas fortalecer a política do “quanto pior melhor”, traçada pelo esquerdismo delirante da pelegagem.

Deve-se condenar esta cumplicidade explícita de Freixo com o lulopetismo defenestrado eleitoralmente por encarnar uma funesta administração, o insucesso na economia anexada à corrupção e, pior, a política de manutenção do poder a qualquer custo.

Na ânsia tresloucada e camaleônica de enganar o eleitorado do Rio, juntam-se com a seita petista o que há de repulsivo no esquerdismo fraudulento do PCdoB e da fantasiada Rede, através dos derrotados Jandira e Molon.

Para ludibriar a opinião pública, jornalistas e intelectuais cúmplices do lulopetismo, engendram uma campanha contra seu adversário, o senador Marcelo Crivella. Chamou-me atenção a uma carta que ele escreveu a Cora Ronai, intelectual que muito admiro, mas que escorregou ao escrever que “não podia olhar para ele (Crivella).

Diz o Senador candidato dos cariocas contra a corrupção da frente narcopopulista: “Nunca deixei de olhar no rosto de ninguém por causa de suas convicções religiosas, políticas, ou escolhas de vida. Por isso me surpreendeu a forma preconceituosa como uma distinta jornalista, como você, se refere a um senador eleito duas vezes pela decisão democrática do povo do Rio de Janeiro”.

Por ter votado a favor do impeachment, diferente da cumplicidade de Freixo, defensor dos desmandos de Dilma, contra o impeachment; Crivella se apresenta como um democrata, diferentemente dos seguidores da seita intolerante e autoritária dos narcopopulistas. Votarei nele.

Marjorie Salu

Compartilhar
Publicado por
Marjorie Salu

Textos Recentes

DA ÉTICA

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Entre os méritos que não deixo de lembrar e elogiar, a antiga Editora Abril nos deu…

20 de outubro de 2025 18h10

FALANDO GREGO

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.om.br) MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.om.br) Clássico é clássico; não foi por acaso que Shakespeare criou expressões que…

13 de outubro de 2025 18h05

DAS PAIXÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Civilização significa tudo aquilo que os seres humanos desenvolveram ao longo dos anos para se sobrepor…

8 de outubro de 2025 8h55

DAS PROIBIÇÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Na ditadura militar que durou de 1964 a 1979 censurando a expressão do pensamento, cantou-se a…

30 de setembro de 2025 18h41

Augusto Frederico Schmidt

As chuvas da primavera Em breve virão as chuvas da Primavera, As chuvas da primavera Vão descer sobre os campos,…

25 de setembro de 2025 20h00

DE MURMÚRIOS

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Só ouvi a palavra “Murmúrios” em letras de boleros e tangos. É visceral; o seu intimismo…

24 de setembro de 2025 12h03