A coluna de Mônica Bergamo, na FSP, trouxe uma informação curiosa que obteve um inteligente comentário de Josias de Souza. Diz a Nota de Mônica:
“O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem dito a seus colegas mais íntimos que pode cair atirando. Diz que pretende incentivar a abertura da célebre CPI das Empreiteiras, proposta há décadas pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). E tem citado, nas conversas, supostos casos extraconjugais de personagens que circulam em Brasília”.
E agora o comentário de Josias:
Em português claro: Renan informa, nos subterrâneos, que o grosso dos senadores está igualado em abjeção. A culpa de um é compartilhada pelos demais. E a nenhum deles é dado apresentar-se como detentor de uma diferença heróica. Antes, cumpre assegurar a fidelidade ao grupo, por meio da cumplicidade.
O julgamento do processo em que Renan é acusado de quebrar o decoro parlamentar acomoda o Senado numa zona fronteiriça. Só há dois caminhos: a manutenção do pacto que impõe a todos o compartilhamento de culpas ou a sua ruptura, com identificação dos pecados e a prescrição do castigo ao impostor.
Divididos em duas categorias – os culpados inocentes e os inocentes culpados—, os senadores terão de informar à sociedade se o país dispõe de um Senado de verdade ou se o que há sob aquela cuia de concreto emborcada para baixo é uma irmandade desprezível.
Aos 44 minutos do segundo tempo, tenta-se uma manobra que não cheira bem. O Conselho de Ética do Senado, que deveria estar reunido desde as 13h30, adiou o início da sessão para as 17h. E alguns de seus membros articulam a realização de uma reunião secreta. Longe dos olhos da sociedade, a confraria pode conduzir com mais desenvoltura o seu ritual de emporcalhamento.
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