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CONTO-DO-VIGÁRIO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Num país onde o vigarismo é tido como qualidade e sua vítima como otário, o melhor que se faz é ter ouvidos moucos ao se aproximar de um político (Anônimo)

É do folclore brasileiro a história da disputa dos vigários das paróquias de Pilar e da Conceição em Ouro Preto, nas Minas Gerais, por uma imagem de Nossa Senhora. Para os devotos das duas igrejas, um dos padres propôs que pusessem a imagem na cangalha de um burro que seria solto entre as duas igrejas e, para qual ele dirigisse, ali ficaria a santa. Foi aprovada e assim se dei: o animal se encaminhou para a igreja de Pilar. Descobriu-se depois que o jumento pertencia ao pároco de lá…

O conto-do-vigário é uma expressão usada em Portugal e no Brasil significando uma tramoia em que o malandro monta uma história que parece favorecer alguém que termina sendo logrado.

Nas páginas policiais dos jornais antigos (hoje nas editorias políticas) aparecem inúmeras versões de conto-do-vigário, todas convergindo para o uso de um golpe enganoso. Uma ficção do escritor e poeta Fernando Pessoa descreve a manha de um lavrador ribatejano, Manuel Peres Vigário, que se aproveitava da ganância alheia para trapacear.

É impossível ocorrer no mundo um conto-do-vigário maior do que o que os trotskistas sem rumo, os padres de batina vermelha e os obreiristas da USP passaram para lograr o povo brasileiro, criando artificialmente “um líder operário” que nunca passou de um pelego astuto e corrupto, Lula da Silva.

Este rufião, que transformou a Petrobras num bordel para os empreiteiros e fornecedores da empresa, agora preso por corrupção, ainda mantém o apoio da mídia mantida pelos restos das verbas bilionárias recebidas dos governos lulopetistas.

Lula personifica o conto-do-vigário quando se compara com Getúlio Vargas, Nelson Mandela, Tiradentes, e até com Jesus Cristo, sob o aplauso de plateias formadas com aproveitadores, cúmplices ou descerebrados.

No poder, este conto-do-vigário montou filiais em todos os setores da administração pública, infiltrando agentes nos três poderes da República para levar o país ao caos beneficiando “companheiros” e sabotando medidas de interesse nacional.

Os governos lulopetistas, do próprio Lula ou dele através do fantoche Dilma Pasadena Rousseff, institucionalizaram as fraudes do BNDES para alimentar as empreiteiras corruptas através de governos narcopopulistas que deixaram muitos milhões de dólares de propinas nos paraísos fiscais.

Quem antes denunciava os “300 picaretas do Congresso”, acrescentou-lhes, para assaltar o Erário, as bancadas do PT e dos seus puxadinhos, transformando o Poder Legislativo num cassino onde parlamentares põem a honra na mesa verde para ganhar o dinheiro público.

Foi este Congresso que criou o “fundo partidário” para pagar com o dinheiro do contribuinte a manutenção e as campanhas eleitorais das organizações político-partidárias “em nome da democracia”, o que caracteriza um conto-do-vigário, porque Democracia de verdade, quer partidos sustentados pelos seus apoiadores.

Pelos malfeitos no Executivo, os picaretas do PT e seus parceiros, provocam a revolta na consciência dos que não foram inoculados pelo vírus das “bolsas disto e daquilo”, não se acumpliciaram com a roubalheira, nem se fanatizaram cheirando a droga de uma ideologia deteriorada.

Pelo aparelhamento do STF, fotografa-se em grande angular quão prejudicial e antidemocrática foi a indicação dos ministros pelos lulopetistas, alguns cujos perfis não lhe dariam uma cátedra nas faculdades de Direito. Lá passa incólume a esperteza da politicagem, equivalente aos delitos praticados por vigaristas.

Agora, além da libertação de José Dirceu, condenado a 30 anos de cadeia, pelo seu advogado togado, Dias Toffoli, outra versão do conto-do-vigário no Supremo é a ocupação exclusiva dos seus ministros julgando prioritariamente os infinitos recursos de Lula que, por puro vigarismo, se diz “preso político”.

Marjorie Salu

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Marjorie Salu

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