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BUROCRACIA

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Com o estelionato eleitoral que levou Lula da Silva à presidência da República, o Brasil foi subtraído de pensamento criador, do desenvolvimento econômico e da consolidação democrática. Além das ameaças às liberdades constitucionais, o potencial de crescimento industrial e agrícola não evoluiu, e o Estado e o Governo se definem pela sua burocracia.

A burocracia governamental e partidária centralizou uma força incontrolável em todos os segmentos da administração pública, apropriando-se do poder e apossando-se da riqueza nacional.

O que é “burocracia”? Cracia vem do grego κρατία (“força, poder”), uma herança lingüística para todo o mundo ocidental. Deu-nos Aristocracia, governo de aristocratas; Democracia, governo do povo; e Plutocracia, governo dos endinheirados…

A “Burocracia”, como definição, é coisa nova.  Surgiu no século 18 na França, aplicado às repartições públicas com um sentido crítico e irônico; a palavra casou o grego “cracia” com o francês “bureaux”, este com vários significados, do escritório à escrivaninha; e, atualmente, o burocrata senta-se às mesas de controle da televisão, de equalização de som e imagem, de computadores, usando telefones, vídeos e infográficos.

O povo, na sua sabedoria, usa o termo “burocracia” no sentido pejorativo, incriminando suas regras complicadas, exigências redundantes e normas desnecessárias…

Infelizmente, a burocracia entre nós é um sistema. Não começou com o PT-governo, que alardeia ser da sua criação tudo que se fez “neste País”. A História registra que a nossa burocracia atravessou o Atlântico com a transmigração da família real portuguesa fugindo de Napoleão. Daí fixou-se no Império e infiltrou-se na República.

Está presente nos regimes democráticos e nas ditaduras. Com o PT-governo se ampliou pela porta escancarada do empreguismo, inchando-se de militantes partidários e arrivistas de sempre. Obesa pela gordura dos aspones irradiou-se na administração pública, corrompendo-a e desviando-a das suas funções constitucionais.

É uma realidade que modificou a relação entre o Governo e a Nação. Através da burocracia lulo-petista, o exercício do poder passou às mãos de uma fração política que favorece a corrupção nos serviços e fornecimentos adquiridos pelo Estado, enriquecendo ilicitamente os governantes e seus filhotes.

A burocracia dos pelegos com ações ilimitadas controla o Orçamento, os impostos, o câmbio, o crédito, os preços e os salários! Por ela, o Brasil tornou-se um grande shopping, onde se compra e se vende consciências, e dissimula os desacertos econômicos pelo criminoso estímulo ao consumismo.

Nos doze anos no poder, o partido hegemônico também se burocratizou; apóia os crimes dos dirigentes e conspira para se manter no poder, preparando golpes de estado “pela via pacífica” com o decreto fascista 8243, um indefinível plebiscito e uma suspeitosa constituinte. Tudo para destruir a Democracia.

Sob seu domínio, estabeleceu a impunidade dos corruptos que assaltam ministérios, autarquias e empresas estatais. Aproveita-se da desilusão dos que se frustraram com o PT e se afastaram; tira vantagem da indiferença dos alienados e dos setores cooptados com verbas públicas

Às vésperas de uma derrota nas eleições (se não houver fraude nas urnas eletrônicas) precipita-se o pavor mórbido dos burocratas de perder as “boquinhas”, e por isso, multiplicam velhas e novas promessas e reciclam as costumeiras falsificações. E falam de “renovação da esperança”, desconhecendo que a Esperança, inseparável da fé e da confiança, não pode se renovar depois delas mortas.

A burocracia lulo-petista tenta fingir por auto-preservação que se refaz, usando métodos superados, maquiagens estatísticas e impostura contábil. Felizmente, as esfarrapadas bandeiras petistas e os discursos da Gerentona fracassada já não emocionam sequer à massa ignara, que não crê mais no País das Maravilhas criado virtualmente para enganar o povo.

Assim se desvanece o idílio do “socialismo bolivariano”, somente acolhido pelos burocratas do andar de baixo. Pelo povo brasileiro, não. Este assiste ao seu deperecimento no malogro das obras inacabadas e nos pífios resultados econômicos.

E aprendeu que o nosso grande inimigo está no desastroso desfile da burocracia lulo-petista que expõe, mesmo sem querer, o PAC das obras inacabadas e o filhote da burocracia econômica, o “pibinho”, anunciando o fim de um ciclo…

Miranda Sá

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