Até o início da noite de ontem, Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro, na Região Serrana do Rio de Janeiro, contavam 508 mortos. A presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral visitaram áreas atingidas e prometeram ações conjuntas de socorro às vítimas e reconstrução das cidades. A Federação Brasileira de Bancos recomendou a suspensão das execuções e dos encargos de dívidas da população afetada. O governador de Minas, Antonio Anastasia, ofereceu apoio da infraestrutura médico-hospitalar das cidades mineiras próximas ao Rio. No Sul de Minas, também castigado pelas tempestades, há localidades isoladas, mas não houve mortes. Em todo o estado, 71 municípios decretaram calamidade.
‘Desleixo levou à tragédia’
A presidente Dilma Rousseff, ao lado do governador Sérgio Cabral, visitam Nova Friburgo, na região do Rio castigada pelas chuvas que já deixaram mais de 500 mortos. Tragédia foi causada por décadas de desleixo e de falta de programas habitacionais para a baixa renda, disse Dilma.
Dilma promete ‘ações concretas”
A presidente Dilma Rousseff sobrevoou Nova Friburgo e prometeu “ações concretas” em benefício dos atingidos pela tragédia. Ela destacou a liberação de R$ 11 bilhões do PAC.
Estado não tem sistema de alerta contra catástrofes
O maior desastre natural do Brasil, que já custou a vida de mais de 500 pessoas e deixou mais de 5 mil desabrigados, mostrou que falta ao Rio coordenação de nível básico para impedir que uma tempestade faça vítimas. Na esfera municipal, o novo radar, instalado ano passado, teve alcance para captar a formação da tempestade. Mas o equipamento só emite dados que não foram analisados, nem repassados, por falta de técnicos
Ação imediatista do governo federal
A análise dos recursos orçamentários para desastres revela, porém, que o governo federal age quando a catástrofe está consumada. Nos últimos sete anos, a União gastou R$ 4,8 bilhões em medidas emergenciais para grandes tragédias. E aplicou R$ 539 milhões em obras de contenção de encostas e canalização de rios — apenas 23% do que estava previsto.
No RJ; destruição atrapalha buscas
Há 8.320 pessoas desalojadas (retiradas de casa) e 6.270 desabrigadas (que perderam as casas). Como as equipes de resgate ainda não conseguiram chegar a todas as áreas atingidas pelas chuvas de anteontem, o número de vítimas deve crescer. Há distritos devastados e completamente isolados, como São José do Vale do Rio Preto, e já há desabastecimento.
Dor e solidariedade na catástrofe
A serra do Rio de Janeiro não vive uma tragédia, vive mil. Cada encosta e cada margem de córrego revela devastação e sofrimento. Os mortos, até a noite de ontem, eram contados em mais de 500. Entre os sobreviventes, histórias de coragem e resistência durante uma das maiores catástrofes naturais já vividas no país.
Depois da tragédia, o colapso
A Prefeitura de Teresópolis abriu 180 novas covas no cemitério municipal para as vítimas da enchente que atingiu a região serrana do Rio. O IML da cidade teve de improvisar um contêiner para abrigar os corpos, que começaram a ser sepultados ontem.
Desabrigados e desalojados já superam 13 mil.
Em Nova Friburgo, moradores buscavam no lixo comida e remédios jogados fora por comerciantes que tiveram lojas inundadas. Telefones não funcionavam. Em Teresópolis, onde falta água, a prefeitura estima que haja mais mortos em lugares ainda inacessíveis; a identificação é difícil, e famílias chegaram a brigar pelo mesmo corpo.
Socorro sem hora para chegar
Vítimas das chuvas, moradores áreas rurais de Teresópolis e Petrópolis vivem um outro drama: a espera por socorro que eles não sabem quando chegará. Há bairros complemente isolados, onde nem os bombeiros conseguiram entrar.
Insegurança permite saques
O dia seguinte à maior tragédia que já atingiu o Estado do Rio, com 508 mortos contados ate às 22h50, foi marcado por saques, cortes de água e luz e risco de falta de alimentos. Em Petrópolis, casas e pousadas de luxo foram saqueadas.
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