O dia a dia do Supremo Tribunal Federal que examina infinitamente os recursos do apenado Lula da Silva, preso por corrupção e lavagem de dinheiro, é decepcionante e desacredita e revolta os que gostariam de ver a Corte ministrando Justiça boa e perfeita.
Esta encenação tem muito a ver com a atuação de uma trupe que deseja soltar o chefe da Orcrim que assaltou o Erário, um crime que só agrada os picaretas do Congresso, os Odebrechts, os Joesley, os Eikes, os empreiteiros corruptos e os ladrões dos fundos de pensão… Sem esquecer os cúmplices lulopetistas da roubalheira.
É tão chulo este cenário no STF, que vem acompanhado de infame bate-bocas dos ministros togados comportando-se como “mulherzinhas de ponta-de-rua”, conforme minha mãe dizia…
Não há exemplo mais do que perfeito do que o desafio do juiz Luís Roberto Barroso enfrentando o colega Gilmar Mendes: – “Me deixe fora desse seu mau sentimento, você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia…”
Numa Democracia, a última instância jurídica no Brasil, deveria impor respeito com decisões equilibradas e importantes para o País e o seu povo, mas se transformou por comportamentos desprezíveis numa bandalha.
Uso a palavra bandalha por ter estudado este substantivo feminino e adjetivo de dois gêneros, depois que li um texto do Jornalista Políbio Braga referindo-se aos “criminosos políticos da esquerda bandalha”; antes só conhecia o termo como uma gíria popular comentando manobras ilegais no trânsito.
Em Portugal, a palavra bandalha é utilizada quando alguém se comporta mal. Tem origem numa antiga expressão, o seu gênero masculino, “bandalho”, que significava molambo, retalho de pano velho, ou pedaço de pano que pende de veste rasgada ou descosida; trapo, farrapo; e, por metonímia, “o que anda esfarrapado”.
No uso popular é bandalheira, grupo de bandalhos; corja, cambada, gangue, quadrilha, súcia, e vai por aí, aceitável para perfilar o grupo que soltou com firulas processuais José Dirceu, um condenado a 30 anos por corrupção.
Foram obscenos os floreios registrados na 2ª Instância do STF para apunhalar a legislação que seus membros se obrigam a defender; e, muito pior, havia uma articulação para livrar Lula da prisão, o que ocorreria se o relator Edson Fachin não tivesse enviado ao plenário seu julgamento.
Seria um nojento casuísmo abrir uma brecha na própria jurisprudência da Alta Corte, atropelar a decisão de prisão após condenação na 2ª Instância tentando desconsiderar a maioria do plenário.
As trêfegas loucuras do lulopetismo no seu universo virtual, na sua realidade paralela que faz de bandidos heróis e de heróis bandidos, incluem a imaginação de que, por agradecimento às suas nomeações, os ministros do Supremo deveriam fraudar um processo, como faz o ex-advogado do PT, Toffoli, que se decente fosse, se declararia impedido nas votações que julgam o seu partido.
Impedido estou, de pensar como bandalha, a afirmação da ministra Cármem Lúcia de que as decisões do STF não são políticas. Ela o diz com boa-fé; da minha parte creio, parafraseando François Guizot, que isto já ocorreu: a política adentrou no recinto do Tribunal, e a Justiça saiu por outra porta.
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