Morro de curiosidade para saber como é que Antonio Palocci fechou uma consultoria que lhe rendeu R$ 20 milhões em quatro anos (R$ 10 milhões só em 2010), para ocupar um cargo de ministro recebendo mais ou menos R$ 30 mil… É por esse desejo de desvendar o segredo que quero a CPI do ex-ministro.
Entra no rol do meu interesse em saber dos mistérios “paloccianos” por que ele foi lpara a Casa Civil, onde tem um sapo seco enterrado. Como se sabe desde que as tropas de ocupação do PT entraram no Palácio do Planalto, a resenha da Casa Civil é especial pela passagem de quatro ministros, sendo que três saíram suspeitos de corrupção.
José Dirceu, Erenice Guerra e agora Palocci caíram sem choro nem vela, e a quarta, é a presidente Dilma, eleita para a Chefia da Nação sem saber como.
A minha pretensão de que o Congresso convoque uma CPI fica circunscrita à campanha da Rede Social e alguns jornalistas de renome, porque o PT-governo, seu principal aliado, o PMDB e os partidos satélites de segunda classe querem apagar as denúncias e cessar qualquer investigação sobre o milagre da multiplicação do patrimônio de Palocci.
A própria oposição (infelizmente seus principais líderes) pensa como os governistas, Aécio, Serra e os governadores das Minas Gerais e de São Paulo inexplicavelmente enfiaram a viola no saco.
Dilma, por sua vez, vem desmentindo tanto que seja refém do fisiologismo, que segundo um princípio do bom jornalismo garante que é, ou está para ser. Ela ainda não se refez da acachapante derrota na votação do Código Florestal e perdeu muito de sua credibilidade quando na crise pediu arreglo a Lula.
Insisto que ao meu modo de ver, Palocci afastando-se do PT-governo não quer dizer que foi anisttiado e as suspeitas invalidadas. Pelo contrário, despindo-se da excelência governamental, torna-se um cidadão comum, sujeito a diligência policial e aos trâmites judiciais.
A CPI consiste numa investigação congressual, legislativa. Em razão das lideranças partidárias oposicionistas não tenham se manifestado pelo inquérito e afastamento de Palocci, é fundamental que a sindicância seja processada pela oposição parlamentar, com os deputados e senadores que assumiram disposição para a apuração das suspeitas assumam a inquirição.
É bom invocar a investigação em curso no âmbito do Ministério Público para averiguar se Palocci, no seu enriquecimento galopante, tenha cometido ilegalidades no exercício de funções político administrativas. Atividade que se mantém apesar da demissão do Ministro.
Resta saber se o ato de sair do governo exclúi a convocação aprovada numa das comissões da Câmara dos Deputados, o que seria uma medida supretiva da investigação e mais uma vitória da impunidade que tanto revolta os brasileiros.
Depois de 22 dias de enrolação e cinismo a estratégia do lulo-petismo de deletar o caso Palocci não deu certo, e mesmo com a restauração da autoridade da Casa Civil com a nomeação da senadora Gleisi Hoffmann nada vale diante da opinião pública, suprapartidária, ampla e focada no desejo de apurar a duvidosa acumulação de riqueza do Ministro demitido..
A presença da ministra Hoffmann, no meu pensar, enfraquece o governo Dilma, já abalado por outros motivos, sendo que os principais deles são a troca de um paulista com livre trânsito no empesariado por uma paranaense estreante no trato parlamentar e sem circulação no empresariado.
O marketing trabalha no sentido de enfatizar que a escolha da senadora Gleisi Hoffmann foi uma decisão independente de Dilma. Pouco importa swe a opção pessoal da Presidente foi politicamente boa ou má, porque o que se espera dela é justiça na apuração de malfeitos dos seus auxiliares “doa a quem doer” conforme discursou na posse.
Será triste constatarmos que a Chefia da Nação acoite seus partidários em detrimento da cidadania.
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