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Brasil arruinado por amoralidade e corrupção

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

Dois escândalos recentes comprovam a minha tese de que a pelegagem lulo-petista desmantelou a ética e a moral políticas neste País de Nosso Senhor. O vôo da careca de Renan Calheiros e o flagrante das indecorosas transações de José Dirceu no Panamá mostram isto.

Em ambos os casos o cinismo e o desprezo pela opinião pública são reincidentes; Renan usou avião da FAB para ir ao Recife fazer transplante capilar. E não teve a vergonha de comentar que iria “consultar” a FAB para saber “se houve irregularidade de sua parte”.

O outro, Dirceu, sequaz de Renan na assiduidade da amoralidade e corrupção, abriu uma filial da sua ‘consultoria’ no Panamá, paraíso fiscal patrocinador de lavagem de dinheiro.

Isto, que levaria a cidadania de qualquer país sério condenar civil e penalmente a dupla trambiqueira, aqui, no pobre Brasil, recebe a defesa dos hierarcas petistas e da nomenclatura governamental. Como sempre, atrás dos poderosos, a romaria dos bajuladores, inocentes úteis e oportunistas.

O exemplo mais do que perfeito da impunidade viu-se com o senador petista Jorge Viana, vice-presidente do Senado, ir à tribuna defender Renan Calheiros dizendo “Renan foi para casa e desceu antes para fazer essa intervenção.”. Esqueceu-se o oligarca acreano de dizer que de Maceió à Recife são mais de 100 quilômetros…

Vem da eleição estelionatária de Lula da Silva para a presidência da República a privatização do dinheiro público pelos pelegos que assumiram o poder. Comportam-se como se o Brasil fosse deles, e as nossas leis não se aplicassem aos pelegos que sempre terão razões para transgredi-las.

Nada mais transparente quando os lulo-petistas elegem como seu ‘herói’, José Dirceu, chefe de quadrilha condenado pelo Supremo Tribunal Eleitoral; e, não conformados atacam – como se fora o único culpado -, o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa.

Dirceu foi chefe da Casa Civil de Lula da Silva, o “operário” que não teve acanhamento de proteger e incentivar a volumosa roubalheira que se abateu no País. Conhecendo essa ‘fraqueza’ do Chefe, Zé Dirceu – demitido por improbidade – apressou-se em criar a JD Assessoria e Consultoria, para o assalto ao Erário.

Em 2008, essa empresa abriu uma filial no Panamá, paraíso fiscal da América Central que se especializou em lavagem de dinheiro. Tudo passaria em branco se o Hotel Saint Peter, de Brasília, controlado pela Truston International lhe oferecesse um emprego com salário de R$ 20 mil alegando atender presos do regime semi-aberto.

A JD Assessoria e Consultoria tinha na Cidade do Panamá, não por coincidência, o mesmo endereço da Truston International.

A Lavanderia panamenha de Dirceu, conforme princípios investigativos da Polícia Federal era ilegal e imoral. Além disso, engordava o “Herói” do lulo-petismo, conhecido pela extravagância de beber vinhos de R$800 a garrafa.

Isso, por se só deveria derrubar a ilusão dos que crêem no socialismo do companheiro de armas da presidente Dilma. Alguém lembrou outro dia, que falar-se em ‘panamá’ é referir-se a maracutaias. “Panamá”, na gíria e em bom português, é definido pelo Aurelão como “roubalheira em empresa ou repartição pública”.

Concordando com tal significação da prática criminosa de José Dirceu, constata-se, para reforçar a tese, que a JD teve a sua razão social alterada cinco vezes, e desse modo não é difícil supor que o presidiário-herói seja dono – ou ‘laranja’ – do Saint Peter, hotel que hospeda delegações do PT e dos partidos aliados.

Este quadro oferece o pressentimento de que haja algum interesse na blindagem para investigar ações policiais sobre a simultaneidade dos casos protagonizados pelo ilustre mensaleiro.

Em vida, sábia e experiente, minha Vó Quininha – que Deus tenha ao seu lado –, costumava filosofar que “melancia não dá em mamoeiro”. Grande ensinamento que induz a concluirmos que não se pode esperar que da pelegagem saia alguém honesto.

Miranda Sá

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