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O “Processo dos Médicos” do PT-governo

MIRANDA SÁ ( E-mail: mirandasa@uol.com.br )

O estudioso inglês da História Soviética, Craig Brandist, nos oferece dados muito interessantes sobre as semelhanças do período stalinista na Rússia e sua cópia borrada de papel carbono que é o PT-governo.

Chamou-me a atenção o fato de lá a burocracia governante ter levado dez anos para se consolidar no poder, exatamente o tempo que os pelegos lulo-petistas assumem, acreditando subordinar a Nação Brasileira com super-poderes.

É certo que submetem o Poder Legislativo e influenciam grandemente no Poder Judiciário. Mas não de todo: no Congresso ainda há vozes independentes, poucas, mas que protestam contra os desmandos governamentais. No Judiciário, projeta-se a sombra de Joaquim Barbosa, para que se cumpra uma Justiça boa e perfeita.

Nos dez anos da pelegagem no poder já dá para fazer uma avaliação do avanço de uma mentalidade obreirista, estreita e arrogante, do camponês georgiano Joseph Stálin, que se tornou ditador da URSS contra a vontade de Wladimir Illich Lênin e pela brutal repressão aos seus contestadores, principalmente a Leon Trotsky.

Quanta analogia tem hoje o Brasil com a concentração de poder de Stálin! A mais próxima e atual é o desprezo pela intelectualidade com a promoção dos medíocres quadros petistas na cultura e na ciência; e hilária, a imposição do “lulês” nas cartilhas escolares.

Um alvo dos ataques lulo-petistas às personalidades científicas são os médicos, tal qual Stálin fez nos últimos anos de vida, com o famoso “Processo dos Médicos” e suas funestas consequências. As caricaturas stalinistas de Dilma e do seu ministro da Saúde, Padilha, atacam os médicos brasileiros indiscriminadamente.

Dilma e Padilha tentam de tudo para solapar a classe médica e, porque não dizer, a Medicina Brasileira, cujos avanços são notórios. Vetaram o Ato Médico, que se arrastou por 12 anos no Congresso e foi aprovado a gosto dos profissionais.

Com o veto, negaram ao médico a exclusividade para diagnosticar enfermidades alegando que qualquer atuante na área da Saúde está capacitado para fazer tais diagnósticos. Assim, nivelam por baixo o conhecimento científico.

Isto parece nada, quando o PT-governo se dispõe a abolir o diploma de Medicina no Brasil, reconhecendo que “técnicos em saúde”, com pouco mais de três anos de estudos em Cuba, podem exercer a Medicina sem revalidar seus diplomas numa universidade brasileira.

Sem atender ao respeito científico da exclusividade do médico na prescrição terapêutica, subjugando-a ao interesse pseudo ideológico, aproveitam formandos de Cuba a soldo do MST, CUT e PCdoB. E ainda veio coisa muito pior: a importação de médicos estrangeiros.

O cenário aberto com a vinda desses profissionais merece um repúdio; não por suas nacionalidades, nem por abominar um programa que promete levá-los aos rincões onde as populações não têm médicos para atendê-las.

O inaceitável é a maneira exdrúxula de como os cubanos são tratados. Primeiro, eles veem em número espantoso, 4.000! Segundo, enquanto portugueses, espanhóis e argentinos receberão um salário de R$ 10 mil, os cubanos só terão 25% a 40% disso, R$ 2.500 a R$ 4.000, indo o excedente para Havana…

Não fica só nisso. Os outros podem trazer suas famílias, e os cubanos não. E por quê? Só pode ser o medo que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) dominada pelo bolivarianismo, de que possam desertar da ditadura; Imaginem, medo até do governo aliado lulo-petista, que asila terroristas assassinos como Baptisti e repatria desportistas contestadores, como fez com os dois boxeadores cubanos, jogando-os em avião venezuelano preparado para esse ato desumanitário.

Repito não ser contra médicos estrangeiros por ser estrangeiros, mas pelo regime de semi-escravidão que o Mais Médicos submeterá aos médicos cubanos. A Folha de São Paulo publicou uma curiosa entrevista com a médica cubana Ivonne Sanchez que atua no interior de São Paulo. Ela faz revelações que reforçam as minhas convicções; veio em 1997 para ajudar a implantar o Programa Saúde da Família, em Araras.

Aqui, Ivonne prestou o Revalida e foi aprovada. Naturalizou-se e casou com um brasileiro. Ganha hoje R$ 12 mil e tem autoridade para prever um mínimo de três meses para os compatriotas se adaptarem à língua e ao atendimento básico no SUS.

Assim, submetendo-se ao Revalida, os cubanos devem ter direitos a um salário condigno e de querer ficar, como a doutora Ivonne teve. Deve gozar a faculdade de fugir dos grilhões ditatoriais castristas e escapar ao deplorável costume lulo-petista de fazer do Brasil um aparelho de segurança do governo cubano.

O “Processo dos Médicos” da trinca Lula-Dilma-Padilha tentando garrotear os médicos brasileiros, escandaliza pela aceitação de um médico ganhar R$ 10 mil, e outro apenas R$ 2.500, pelo mesmo trabalho, as mesmas horas e o mesmo contratante.

Isto o que o PT-governo faz no Mais Médicos caracteriza trabalho escravo; seja, explorar alguém em troca de moradia, alimentação e, em alguns casos, transporte, mas sem pagar salário direto.

Miranda Sá

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