As improvisações político-administrativas do PT-governo são tão constantes e repetidas que causam espanto. O último arranjo, o Programa Mais Médicos, traz a freqüência dolosa das audaciosas ações corrupta e corruptora dos pelegos que ocupam o poder, mostrando que a improvisação é irmã gêmea da corrupção.
O que o regime populista quer, na realidade, é trazer médicos cubanos para o interior do país, estabelecendo bases para a sistematização do “bolivarianismo”, um conjunto de idéias abstratas para perverter a democracia e manter a pelegagem lulo-petista no governo federal, pela dominação pseudo-ideológica.
Que adianta mais médicos se não se constrói e se mantém hospitais de qualidade? O que assistimos no país é a diminuição do número de leitos nos estabelecimentos públicos e mesmo nos privados, com uma demanda crescente de clientes dos planos de saúde.
A oferta de leitos caiu de 453.724 para 448.954 (4.770 a menos), entre 2007 e 2012; registre-se as datas e verifiquem que se deu em pleno reinado do PT. E tem mais; a Organização Mundial da Saúde estabelece 3 a 5 leitos por mil habitantes, e o Brasil oferece apenas 2,3 na mesma proporção.
Explica-se oficialmente o fechamento de hospitais que atendiam os pacientes do Sistema Único de Saúde – e davam carona aos planos – pelo descompasso das tabelas de procedimentos do SUS. Não é verdade. As verbas destinadas ao atendimento médico público raramente chegam à ponta; ficam na mão de sanguessugas federais, estaduais e municipais.
Este argumento é uma nova estratégia dos ladrões do Erário. Preenchendo vagas com brasileiros em cidades convidativas e levando os estrangeiros para os rincões, a falta de instrumental adequado para o atendimento da população despertará exigências e fará alarde para a volta da CPMF, sonho de consumo do lulo-petismo…
Depois de onze anos de governo do PT, a improvisação apressada é um gato escondido com o rabo de fora. E mobilizou a classe médica, e agitou o pessoal da Saúde, e despertou os estudantes que deveriam cumprir um “serviço civil obrigatório disfarçado” como classifica o Conselho Federal de Medicina à residência obrigatória no SUS para o exercício profissional.
Para aos médicos “estrangeiros” não se fala nisso. Pelo contrário, eles iriam escapar dos exames de validade dos seus diplomas pelo CFM. E mesmo depois da revolta dos médicos e dos estudantes, se submeterão ao chamado “Revalida” em escolas pouco conhecidas, e não nos centros de qualidade do ensino médico.
Dos bonzos do terceiro mandato de Lula da Silva – que nunca se afastou do governo na palavra de Dilma – o mais falante é o ministro Aloizio Mercadante, da Educação, que pôs na sombra o titular da Saúde, Alexandre Padilha, criando uma nova versão para a proposta inicial de ampliar de seis para oito anos o curso de graduação em Medicina.
Mercadante ocupa um lugar de destaque junto à Presidente-Adjunta, e sua resolução é fazer da residência médica obrigatória no SUS interferindo na liberdade de opção dos formandos na busca de melhores centros de especialização.
Por tudo o que compõe o ‘Mais Médicos’ o que mais causa estranheza, surpreende e revolta é o PT-governo usar para sua implantação uma Medida Provisória, atropelando o Congresso e, porque não dizer, o CFM e demais entidades médicas.
Um editorial do Estadão trouxe a crítica sobre o gasto de tempo e energia com esta Medida Provisória. Embora concordemos em parte, temos observado que o PT-governo e a Presidente-Adjunta se sustentam pelas crises que eles próprios criam. É uma tática conhecida dos governos para fascistas.
Com médicos espalhados territorialmente – repito – entremostrarão a exigência de centros de Saúde, quando não de hospitais. Mas a construção será demorada e passará por diversas revalidações e reajustes para alegria dos empreiteiros ligados ao governo e patrocinadores do partido…
Evidentemente, esta conjuntura dependerá de bilionárias verbas, que tardarão também pelas dificuldades em compor o Orçamento, e, por sua vez, à pilhagem das verbas parlamentares.
O cenário é de tragédia. Não é possível deixar a população sem atendimento, que o “Mais Médicos” está longe de resolver. Enfermos em macas e até no chão dos corredores de hospitais, partos realizados nas calçadas, cancerosos à mercê de exames que levam há 180 dias para ser executados, enfim, a constatação do abandono pela incompetência.
Esta situação deve levantar o povo e levá-lo às ruas, com os médicos, o pessoal da Saúde e os estudantes; não dá mais para aceitarmos apáticos que a demagogia e os improvisos continuem vigorando no País.
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