A presidente-adjunta Dilma Rousseff susteve consciente a chave da jaula que prendia o Dragão da Inflação e deu liberdade ao monstro. Ao assumir este grave crime contra os brasileiros dá mais um passo para a desordem nacional, preparando as condições desejáveis para um golpe institucional contra a República e a Democracia.
É a manobra final dos perseguidores do totalitarismo. É o desejo obsceno dos pelegos que tomaram o poder por um estelionato eleitoral e querem mantê-lo na forma de uma pseudo ‘ditadura popular’.
Isto me leva a um dos vultos mais respeitáveis da nossa História, o jurisconsulto Ruy Barbosa, legando-nos o patriótico pensamento, “abomino as ditaduras de todos os gêneros, militares ou científicas, coroadas ou populares”.
Amante da liberdade republicana, Ruy já havia previsto que um dia os oportunistas assumiriam a supra-estrutura ideológica, impondo o demérito, a corrupção e a inconsciência jurídica.
Escreveu o Águia de Haia na sua Oração aos Moços: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
Não à ditadura. Mas, como evitá-la se a inflação já atormenta as famílias mais pobres, desgastando os seus parcos rendimentos com alimentos, transporte e aluguel. O salário-mínimo é corroído, e a cada dia essa desgraça se torna incontrolável pela leniência do próprio PT-governo.
O pior de tudo é que cavalgando o Dragão vemos o consumismo incentivado e implementado pelos detentores do poder. A cena é horrenda envolvendo outra criação maldosa, a virtual classe média “C”, englobando 30 milhões de brasileiros figuradamente promovidos, pois se mantêm sem saúde, educação, moradia e sem o direito de ir e vir pela insegurança das ruas.
Uma lição elementar da ciência econômica ensina que o fundamento da economia é formado pelo tripé inflação, juros e câmbio. A inflação se define pela queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro; popularmente interpretando o aumento geral dos preços no mercado consumidor.
A inflação se deve ao descontrole dos juros e do câmbio. Arruinando a equação dos três elementos fundamentais, mergulhamos no ciclo diabólico do quanto pior melhor como querem os golpistas.
A tradicional e verdadeira classe média obriga-se a cortar itens de consumo necessário e fazer dívidas. Assiste a chegada da carestia nos alimentos, aluguel e remuneração dos serviços e do pessoal doméstico.
Este endividamento cresceu justamente nos cartões de crédito (73,6% do total das famílias), obrigando-se a quitá-lo a 190% de juros ao ano sob duras penas.
Pior de tudo é sujeitar-se a ouvir aberrações da ideóloga do lulo-petismo Marilena Chauí (o neologismo é preciso para sermos ‘politicamente corretos’). Diz a professora obreirista “odiar a classe média”, que considera ‘conservadora’ e ‘reacionária’. Este ‘ódio’ é dirigida à fração social que estuda, pesquisa, trabalha e produz riquezas, apesar de achacada por impostos escorchantes.
A odiosidade dos militantes do fascismo lulo-petista inspirados por Marilena Chauí, se volta contra os colegas dela, os professores; e também aos artistas, bancários, funcionários públicos e privados, aos jornalistas, militares e pequenos e médios empresários.
Qual o motivo deste ódio? Não há dúvida de que é dirigido às pessoas bem informadas, e por isso inconformadas com os rumos que o país toma sob o reino da impunidade acobertando a corrupção, os mensalões e o peleguismo oportunista com sua ineficácia arrogante e terrorista.
Na marcha batida para o golpe, aproveitando o descontentamento da nacionalidade, fica como peça de museu o tempo esperançoso do Plano Real, deixando no passado a mentirosa e fugaz Era do Consumo, propagandeada pelo PT-governo, na esteira da estabilização econômica no país.
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