Categorias: Notícias

África do Sul e México empatam na estréia do Mundial

O Soccer City cumpriu a risca o roteiro da data histórica. O maior e mais importante estádio da Copa de 2010 se pintou de amarelo, foi tomado pelo som incessante das vuvuzelas e de euforia pela tão esperada abertura do Mundial. E, depois de 45 minutos iniciais de marasmo técnico, o 1º dos 64 jogos do Mundial fez jus a toda expectativa que cercava a partida entre África do Sul e México. Um gol do incansável Tshabalala e um arremate de Rafa Marquez na etapa final fez o palco da festa tremer no empate por 1 a 1 que abriu o torneio.

Carlos Alberto Parreira sofreu com a ansiedade de sua equipe no primeiro tempo, com os erros de passe e a precipitação na definição de jogas. Foi à beira do campo e perdeu por alguns instantes a sua ilustre calma. No segundo tempo, o técnico brasileiro dos Bafana Bafana primeiro comemorou a vantagem no placar e depois lamentou o empate cedido, em vacilo de sua defesa.

Talvez tenha sido o nervosismo da estreia, misturado com excesso de confiança. Talvez o time tenha sentido a ausência de Nelson Mandela, que Parreira considerou a grande inspiração do time na vitória contra a Dinamarca, há seis dias. O fato é que a África do Sul só estreou na Copa no segundo tempo e correu sério risco de começar a sua trajetória com uma derrota.

Com mais objetividade ofensiva dos adversários, dois gols fizeram o Soccer City balançar na etapa final. Principalmente o primeiro deles, de Tshabalala, que motivou segundos de pura euforia na arena de Johanesburgo. Depois, um balde de água fria com o gol de Rafa Marquez, na falha da zaga. Assim, o empate de mexicanos e sul-africanos honra a reputação do grupo A de ser o mais equilibrado da primeira fase do Mundial – a chave ainda conta com França e Uruguai.

O placar de igualdade no Soccer City ainda manteve a sina mundialista de Carlos Alberto Parreira, que, apesar de ter se tornado nesta sexta-feira o técnico recordista em participações em Copas (com seis), jamais venceu uma partida do torneio por uma seleção estrangeira – triunfou somente à frente do Brasil.

Nas arquibancadas, mesmo confinados em espaços pequenos, em meio à multidão sul-africana, os mexicanos se fizeram notar. Mas, no placar da influência no jogo, as famosas olas astecas perderam de goleada para o som incessante das cornetas vuvuzelas, barulhento símbolo do futebol dos donos da casa.

Fonte: Uol Notícias
Marjorie Salu

Compartilhar
Publicado por
Marjorie Salu
Temas: África do SulCopa do Mundo

Textos Recentes

FALANDO GREGO

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.om.br) MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.om.br) Clássico é clássico; não foi por acaso que Shakespeare criou expressões que…

13 de outubro de 2025 18h05

DAS PAIXÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Civilização significa tudo aquilo que os seres humanos desenvolveram ao longo dos anos para se sobrepor…

8 de outubro de 2025 8h55

DAS PROIBIÇÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Na ditadura militar que durou de 1964 a 1979 censurando a expressão do pensamento, cantou-se a…

30 de setembro de 2025 18h41

Augusto Frederico Schmidt

As chuvas da primavera Em breve virão as chuvas da Primavera, As chuvas da primavera Vão descer sobre os campos,…

25 de setembro de 2025 20h00

DE MURMÚRIOS

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Só ouvi a palavra “Murmúrios” em letras de boleros e tangos. É visceral; o seu intimismo…

24 de setembro de 2025 12h03

Marina Colasanti

Outras palavras Para dizer certas coisas são precisas palavras outras novas palavras nunca ditas antes ou nunca antes postas lado…

21 de setembro de 2025 20h00