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5ª COLUNA

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br )

“Que diabo estava acontecendo, quem lutava contra quem, e qual lado vencia, eis indagações bem difíceis de responder”                                                                         (George Orwell: “Lutando na Espanha”)

Quando eu era menino, ainda ecoava histórias e as canções heroicas da República Espanhola, traída pelos stalinistas e derrubada pelos fascistas alemães e italianos. Pelas simpatias do meu pai, que até pensou em alistar-se para ir à Espanha, não pude deixar de me apaixonar pela causa espanhola, republicana e democrática, que findou com a implantação da ditadura falangista.

Foi na guerra civil espanhola que surgiu a expressão “Quinta Coluna”. O general fascista Quepo de Llano, ao receber ordens de Franco para marchar sobre Madri com quatro colunas, disse na sua ordem-do-dia: “A quinta-coluna estará esperando para saudar-nos dentro da cidade.”

Quepo aludia aos inimigos da República da capital, militares, aristocratas cassados, padres ultramontanos e simpatizantes madrilenos do fascismo e do nazismo. Também agentes das embaixadas alemãs e italianas, e as polícias secretas desses países, a Gestapo (“Polícia Secreta do Estado”) e a OVRA (“Organização para a Vigilância e a Repressão do Anti-Fascismo”).

Como “quinta coluna” foi batizada a atividade de traidores que se relacionam e enaltecem o inimigo, que praticam sabotagens, soltam boatos e contra-informação. Os quinta-colunistas tornam possível “atacar de dentro”, conforme manuais militares.

A funesta expressão “quinta-coluna” foi largamente utilizada na 2ª Guerra Mundial, para taxar os colaboracionistas dos países ocupados pela Wehrmacht, e, no Brasil, usou-se o termo para os simpatizantes nazi-fascistas, quando Getúlio Vargas declarou guerra ao Eixo.

O quinta-colunismo está de volta ao Brasil atualmente. A pelegagem narco-populista no poder atua “de dentro” para subjugar o País ao “bolivarianismo”. E tudo começou com a parceria Chávez-Lula, numa explícita troca de interesses e cumplicidade.

Essa dupla armou uma arapuca contra o povo brasileiro, associando a Petrobras com a PDVSA para construção da Refinaria Abreu e Lima. A Venezuela não entrou com um único centavo nas obras, e abandonou-as sem formalizar o fim da “sociedade”. Isso – todos sabemos agora – tornou a Petrobrás refém dos interesses espúrios de “consultorias”, “empreiteiras” e políticos beneficiados com propinas.

Foi mais além essa ação de quinta-coluna: Os custos da Refinaria Abreu e Lima, saltaram da estimativa inicial de US$ 2,5 bilhões para um valor ainda incompleto de US$ 20 bilhões. Erros no projeto, incompetência, superfaturamento e roubo levaram a Petrobras para as páginas policiais da imprensa, desmoralizada.

Da sabotagem econômica, o lulo-petismo foi à traição nacional. No desembarque do ministro venezuelano chavista Elias Jauá Milano, registrou-se o colaboracionismo do PT-governo a países estrangeiros. A Polícia Federal deteve Jeanette Del Carmen Anza – babá do filho de Jauá – com um revólver calibre 38, Smith & Wesson, munição, e panfletos de propaganda.

Se o PT-governo tivesse um mínimo de seriedade, deveria ter mandado de volta o agente estrangeiro! Tremam nos seus túmulos, Barão do Rio Branco e Joaquim Nabuco! Somos um País que a bandeira empresta para a infâmia de um governo e um partido que abdicam da nossa soberania?

A ditadura Chávez/Maduro que leva a Venezuela à ruína, está exportando o caos para toda América Latina. Aqui, este delito tem a co-autoria do Itamaraty ideologizado; conta um Ministério da Justiça subalterno ao chavismo, aceitando a pregação “revolucionária” estrangeira em território nacional. E a presidência da República, compactuando com o crime de lesa pátria, financia pelo BNDES a guerrilha bolivariana do MST cooptado pelo chavismo.

Vê-se que o PT, os petistas e seus vassalos “de esquerda” são quintas-colunas, pervertendo a República e solapando a Democracia para recolonizar o País. Diante disso, é preciso reagir, decisiva e urgentemente; a Pátria Mãe não pode continuar entorpecida vítima do narco-populismo. Reajam patriotas! Às ruas, cidadãos e cidadãs!

Miranda Sá

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