Soneto
O sol é grande, caem coa calma as aves,
Do tempo em tal sazão que sói ser fria:
Esta água, que dalto cai, acordar-me-ia,
Do sono não, mas de cuidados graves.
Ó coisas todas vãs, todas mudaves,
Qual é o coração que em vós confia?
Passando um dia vai, passa outro dia,
Incertos todos mais que ao vento as naves!
Eu vi já por aqui sombras e flores,
Vi águas, e vi fontes, vi verdura;
As aves vi cantar todas damores.
Mudo e seco é já tudo; e de mistura,
Também fazendo-me eu fui doutras cores;
E tudo o mais renova, isto é sem cura.
Biografia de Sá de Miranda aqui.
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