Nem todos como Lobão – companheiro de Tuitter – festejaram a medida correta de juntar o Ministério da Cultura ao Ministério da Educação. Mas sua intervenção tem “tudo a ver”, por que Cultura e Esporte são inseparáveis da Educação como políticas de Estado.
Na temporada de protestos, grandes, reunindo milhões pró-impeachment, médios, de trabalhadores reivindicando melhores salários, ou pequenos, das minorias rebeladas contra isso ou aquilo, os insatisfeitos com o fim do Minc fizeram um protesto especial, de caráter internacional, seletivo, com as mulheres de vestidos longos e os homens de smoking.
Foi em Cannes, durante o famoso festival de cinema, na sessão de gala de lançamento do filme nacional “Aquarius”, que concorria à Palma de Ouro – o prêmio que “Cangaceiros” conquistou sob o aplauso dos brasileiros.
É curioso que o protesto mediterrâneo seria contra a fusão do Minc com o Ministério da Educação; mas as placas – em inglês e francês – foram contra o governo interino de Michel Temer, apoio a Dilma Rousseff e com a hilária denúncia de que o impeachment é um golpe…
Mais curioso ainda é que o filme Aquarius – que não foi listado nas homenagens – recebeu R$ 2,9 milhões autorizados pela Ancine através da Lei do Audiovisual, 13 dias antes do apagar das luzes do governo incompetente e corrupto de Dilma, a homenageada.
Muita champanhe e deslumbramento em Cannes antecederam à descoberta da fraude na Lei Rouanet que subtraiu ao cofre público R$ 180 milhões. Dos desvios criminosos, num país onde falta assistência médica, e as escolas estão em petição de miséria.
Até agora foram 14 assaltantes “cultos” presos pela Operação Boca Livre da Polícia Federal, entre eles vários ‘corretores’ e um ‘produtor cultural’, criminosos que atuavam intermediando os benefícios de isenção fiscal previstos na Lei Rouanet.
Para granjear os pixulecos, promoviam superfaturamento, usavam notas fiscais sujas de serviços e produtos fictícios, faziam projetos duplicados e contrapartidas ilícitas para empresas ‘incentivadoras’.
Com isto se vê que o suporte da ‘cultura lulo-petista’ está nas facilidades promovidas pelo governo corrupto. Caminhando e cantando em defesa da corrupção ocorreram por todo País manifestações de celebridades, sob os holofotes da TV-Globo, e atrás deles uma manada de aprendizes de atores, ex-bbbs, fanzocas imbecilizadas e candidatos a figurantes em filmes e peças teatrais.
Seria enfadonho enumerar os representantes de uma categoria promissora, os tais “produtores culturais” e os artistas decadentes, com cachês fixos no sistema Globo e/ou pendurados nas tetas oficiais. Entristeceu-me, porém, a presença de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Ivan Lins, milionários que não precisam de propinas para atuar. Não me surpreendeu Marieta Severo, cujo marido faturava R$ 90 mil como aparelhado na administração petista.
Espantou-me, sim, a intervenção da atriz Fernanda Montenegro, que sempre esteve acima da política, pois nunca participou de protestos pelo abandono governamental dos serviços básicos de Saúde, Educação e Segurança. Morando no Rio, jamais protestou contra a corrupção estadual e municipal, nem falou do tsunami da roubalheira federal.
Para defender a perversão do Minc e o uso criminoso da Lei Rouanet, Fernanda perfilou-se com os mamadores Luan Santana (R$ 4 milhões), Detonautas (R$ um milhão), Cláudia Leite (R$ 5,8 milhões), para Concertos fantasmas sem conhecimento do maestro José Carlos Martins (R$25 milhões), inda mais com Peppa Pig, Shrek, Mc Guimê e até o Cirque de Soleil que faturou R$9,4 milhões.
Sobre a multidão de mendigos que invadem nossas cidades, das crianças abandonadas, dos doentes desassistidos e dos 12 milhões de desempregados, nenhum protesto da “Diva” nem dos “artistas rouanet” defensores da cultura da corrupção.
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