Categorias: Notas

Poesia

NENHUM CISNE TÃO FINO

“Nenhuma água tão tranquila como as

fontes mortas de Versalhes”. Nenhum cisne,

de esquivo escuro velado olhar

e pernas gondoleiras, tão delicado

como o de porcelana colorida com

seus olhos castanho-corça e coleira

de ouro denteado para que

saibamos a quem pertencera.

Instalado no candelabro-árvore

Luís Quinze, de cristas-de-galo em botão,

dálias, ouriços-do-mar e sempre-vivas,

pousa nas ramificações alveolares

das flores em brunida

escultura – sobranceiro e alto. O rei morreu.

MARIANE MOORE

A Poetisa

Nasceu no Missouri (EUA) em 1887. Recebeu vários prêmios pela sua Obra de cerca de uma dezena de títulos. Morreu em 1947.

Marjorie Salu

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Marjorie Salu

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