O titular das Minas e Energia, Edison Lobão, se referiu à CPI da Petrobras como “coisa de extrema violência”, que poderá causar “grande estrépito” no exterior, com prejuízos para a empresa e o País. Como seria de esperar, o seu colega do Trabalho, Carlos Lupi, foi ainda mais rombudo. “Abrir CPI contra a Petrobrás”, delirou, “é abrir CPI contra o Brasil.”
Mas ninguém foi tão longe como o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na tentativa de execrar o PSDB perante a opinião pública. Habitualmente ponderado, ele se permitiu a puerilidade de afirmar que o intento oculto do partido é “desmoralizar” a Petrobrás para privatizá-la – o que, antes de mais nada, pressupõe que os tucanos elegerão o sucessor de Lula.
Não há uma gota de seriedade nesse palavreado. Nem a Petrobrás pode estar acima das leis e do escrutínio parlamentar, nem a iniciativa da oposição é ilegítima, nem o inquérito derrubará a empresa da posição que ocupa na indústria energética global, nem, por fim, os potenciais investidores no pré-sal desistirão do empreendimento em decorrência de algo corriqueiro nas democracias, como a oposição exercer o seu papel de fiscalizar os negócios públicos. Ou terá o governo motivos para temer revelações escabrosas sobre os subterrâneos da megaestatal?
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