Categorias: Artigo

O “Nº 1”

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

A História, sempre a História! Estudando a Era Vargas, encontramos a origem do peleguismo, ovos da serpente fascista. Em 10 de novembro de 1937, entrava em vigor a Constituição Brasileira – apelidada de “Constituição Polaca” por ser uma cópia da Carta imposta à Polônia pelo ditador Psuldisky. A inspiração das duas foi a Carta del Lavoro, promulgada por Mussolini na Itália.

No Brasil da época políticos liberais enfrentaram no Congresso as inclinações totalitárias de Vargas, e os sindicatos – na maioria clandestinos, de inspiração anarquista – mobilizavam-se denunciando a linha corporativista e a tutela do Ministério do Trabalho.

Os políticos sofreram um golpe de Estado, e a representação parlamentar foi extinta, e vigorando a Polaca, os sindicatos foram legalizados como órgãos governamentais que exerciam funções delegadas pelo poder público e de caráter assistencialista.

Foi assim que nasceram os “pelegos”. Com esta alcunha, os sindicalistas autênticos apelidaram os interventores sindicais que, com a redemocratização, em 1945, continuaram pelegos, tornando-se colaboradores e informantes disfarçados do Ministério do Trabalho.

Este perfil que traço do “Nº 1” começa com a formação do pelego Lula da Silva, fruto da colaboração de trabalhistas getulistas e comunistas. Ele entrou no Sindicato dos Metalúrgicos pelas mãos do irmão mais velho, membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB); seu personalismo e habilidade de enganar levaram-no à liderança sindical, como agente da Volkswagen e informante do Dops paulista durante a ditadura militar, conforme descreve o livro “Assassinato de Reputações” de Romeu Tuma Jr.

Lula da Silva não herdou o lado bom da organização sindical dos anos 1930, como a Consolidação das Leis do Trabalho, adotada por vários países do mundo, embora trazendo a digital fascista, mas também sob influência da Encíclica Rerum Novarum e das convenções da OIT do sindicalismo norte-americano.

Com Lula, esteve presente a essência autoritária e corporativa da Constituição de 1937, pela utilização dos sindicatos e dos trabalhadores para fins infectados pelo personalismo, o uso de meios ilícitos para manutenção do poder, e o saque das verbas públicas, a começar pelo Imposto Sindical…

Seus ‘patrões’ alemães da VW orientaram-no a conduzir greves com um duplo objetivo: mostrar ao mundo que havia liberdade sindical no Brasil, manejando-o a conduzir greves fajutas e faturar com elas; além disso, ajudar a ditadura enriquecendo o fichário do Dops com informações sobre sindicalistas ligados à resistência.

Graças aos trotskistas e dissidentes do movimento comunista, católicos “de esquerda” e o obreirismo insano de intelectuais paulistas, fundou o PT pelas mãos do general Golbery do Couto e Silva, titular emérito do regime militar.

Amoral, carreirista e astuto, Lula elegeu-se presidente da República pela leniência simpatizante dos partidos sociais democratas. Assim, tornou-se o “Nº 1” do partido, levando-o à degenerescência e à corrupção; comanda-o na marcha fascistizante do Marco Regulatório – para controlar a mídia e as redes sociais, e do Decreto 8243, que subtrai à representação parlamentar substituindo-a pelos “conselhos”, tentáculos do lulo-petismo.

Vê-se com isto que Lula segue a estratégia do Foro de São Paulo, que reúne o narco-populismo latino-americano em nome de um vago (e já fracassado na origem) “socialismo bolivariano”.

Cumprindo a escalada totalitária quando presidente, Lula abriu as fronteiras e com isso, facilitou o tráfico de drogas e armas. Enfraqueceu as Forças Armadas e sucateou a PF. Estimulou a campanha para o desarmamento da cidadania e para extinguir as polícias militares. As Farcs e o crime organizado agradecem-no.

Nomeio-lhe de “Nº 1” por que traz consigo o apodo que a reação contra a tirania soviética deu a Stálin; cujo culto da personalidade o rivalizou com Hitler, Mussolini, Franco e Salazar. Também os atuais “Nos. 1” de Coréia do Norte, China, Cuba, Laos e Vietnã; além de vários sobas africanos e suas caricaturas ditatoriais.

O Brasil não suportaria ser dominado por um “Nº 1”, analfabeto e boçal, assentado numa falange de fanáticos. Temos que derrotá-lo nas eleições de outubro, senão…

Miranda Sá

Compartilhar
Publicado por
Miranda Sá

Textos Recentes

FALANDO GREGO

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.om.br) MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.om.br) Clássico é clássico; não foi por acaso que Shakespeare criou expressões que…

13 de outubro de 2025 18h05

DAS PAIXÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Civilização significa tudo aquilo que os seres humanos desenvolveram ao longo dos anos para se sobrepor…

8 de outubro de 2025 8h55

DAS PROIBIÇÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Na ditadura militar que durou de 1964 a 1979 censurando a expressão do pensamento, cantou-se a…

30 de setembro de 2025 18h41

Augusto Frederico Schmidt

As chuvas da primavera Em breve virão as chuvas da Primavera, As chuvas da primavera Vão descer sobre os campos,…

25 de setembro de 2025 20h00

DE MURMÚRIOS

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br) Só ouvi a palavra “Murmúrios” em letras de boleros e tangos. É visceral; o seu intimismo…

24 de setembro de 2025 12h03

Marina Colasanti

Outras palavras Para dizer certas coisas são precisas palavras outras novas palavras nunca ditas antes ou nunca antes postas lado…

21 de setembro de 2025 20h00