Os “Irmãos Marx”, todos sabem quem são. Comediantes, eles ocuparam um importante espaço no cinema, tão importante que os canais pagos de televisão passam seus filmes até hoje. Groucho, o porta-voz do grupo, é autor de frases antológicas; sendo uma de importância filosófica: “Não entro em clube que me aceita como sócio!”.
A rapaziada dos filmes “pastelão” nada tem a ver com Karl Marx, o genial fundador do comunismo científico. Em comum, apenas que ambos atravessam os anos mantendo seguidores e fãs.
Karl Marx estudou a vida econômica e política da sociedade burguesa e, crítico do capitalismo, deixou uma vasta obra que traz uma concepção de um mundo novo, livre de superstições, conservadorismo e exploração do homem pelo homem. Deste trabalho científico, nasceu o marxismo.
Os partidos socialistas e comunistas do mundo inteiro adotam o marxismo aproveitando-o em parte ou no todo, mas nem todos, porém, seguem-no com exatidão. Desde os primeiros tempos surgiram tentativas de falsificação das idéias de Karl Marx, tendo uma delas surgido na Rússia quando crescia o movimento socialista. Foi o chamado “marxismo legal”, lançado por intelectuais da burguesia liberal.
No Brasil, onde a história do socialismo é curta (foi Silvio Romero o primeiro leitor do Manifesto Comunista), também apareceram várias organizações piratas se fazendo passar pelo socialismo proletário. Muitos partidos usurparam inclusive os adjetivos “comunista” e “socialista” usando-os como rótulo para passar um fictício socialismo pequeno-burguês filho do liberalismo.
Ainda é contemporânea esta pirataria traiçoeira. Uma delas vem dos arrivistas que conquistaram a hegemonia no Partido dos Trabalhadores, impondo o pelegão Lula da Silva como um “homem de esquerda”. Nada mais falso.
Em 1975, mais precisamente no dia 19 de abril de 1975 – aniversário de Getúlio Vargas – o pelegão, hoje re-Presidente da República, assumiu a direção do Sindicato dos Metalúrgicos com um discurso de onde tiramos um trecho muito elogiado por Delfin Neto. Disse Lula da Silva:
“O momento da história que estamos vivendo apresenta-se, apesar dos desmentidos em contrário, como dos mais negros para os destinos individuais e coletivos do ser humano. De um lado, vemos o homem esmagado pelo Estado, escravizado pela ideologia marxista, tolhido nos seus mais comezinhos ideais de liberdade, limitado em sua capacidade de pensar e se manifestar. E, no reverso da situação, encontramos o homem escravizado pelo poder econômico, explorado por outros homens, privados da dignidade que o trabalho proporciona, tangidos pela febre de lucro, jungidos ao ritmo da produção, condicionados por leis bonitas, mas inaplicáveis, equiparados às máquinas e ferramentas.”
Parece que foi escrito pelo general Golbery ou algum ghost-writer da Volkswagen, bem adaptado à personalidade do atual Presidente da República.
Intelectuais oportunistas, padres de passeata, pelegos sindicais e dissidentes do movimento comunistas usaram Lula da Silva para fundar um partido, e com ele chegaram ao poder na República Federativa do Brasil. Vemos que o Pelegão continua o mesmo; mas os seus joysticks, multiusuários da vitoriosa carreira é que perderam a vergonha.
Diziam-se politicamente marxistas. Com variações, mas marxistas. Hoje submetem-se às maiores safadezas, como faz um deles, o ministro (!?) Tarso Genro, que tem o descaramento de dizer que “o Governo Lula não precisa de reforma política”, numa flagrante contradição com o que expôs o Presidente nos comícios, ao ser reeleito e ao tomar posse.
A dialética da pelegagem apaga o que não interessa ao PT-governo, mas está registrado no horário eleitoral do TSE que Lula disse na campanha: “A crise ética que se abateu sobre o País é a crise de todo sistema político e não apenas de alguns partidos ou de determinadas pessoas. Por isso, nós vamos fazer a reforma política”.
No primeiro discurso depois de vitorioso no segundo turno, falou o Pelegão: “Os partidos políticos precisam se fortalecer e para isso nós vamos discutir logo no começo do mandato a reforma política que o Brasil tanto necessita”. Ao tomar posse em primeiro de janeiro, resumiu um compromisso: “A reforma política deve ser prioritária no Brasil”.
Tarso Genro e os “marxistas” do PT não são marxistas seguidores de Karl Marx, mas “marxistas” dos Irmãos Marx…
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