Herdado nas tradições francesas, o golpe político é chamado coup de main (mão amiga), uma tática realizada de surpresa para derrubar um governo constituído. Essa ação pode ser civil ou militar, ou realizada conjuntamente para destituir titulares e ocupar o poder governamental de um país.
É preciso não confundir o ‘golpe de mão’ político com ‘golpe de mão” militar que consiste num ataque de surpresa, lançado contra postos de vigilância e pequenas guarnições inimigas; muito menos visar o ‘golpe de mão’ das artes marciais do Ninjutsu tradicional, Karate, Tae Kwon ou Muay Thai.
Golpe de mão ou golpe de Estado é o que se assistiu agora no Brasil com o duplo objetivo de salvar Lula da punição pelos crimes denunciados – e muitos comprovados – que, além de escapar da Justiça, passará ocupar a chefia do governo pela renúncia cúmplice de sua ocupante, legitima ou não.
Para realizar o atentado à Constituição e ao Estado de Direito não assistimos mobilização de tropas, sobre alerta nos quartéis ou tanques na rua, mas um pretexto cretino, verdadeiro subterfúgio num ato imperial da presidente da República.
A nomeação de alguém para escapar de uma ação penal é administrativamente um ato nulo. “O subterfúgio é evidente”, analisa o professor de direito constitucional da Unicamp, Roberto Romano.
Este golpe lulo-petista, bolivariano, foi um golpe anunciado. Foi denunciado por diversas personalidades da imprensa e da academia como Diogo Mainard e o filósofo Luiz Felipe Pondé. Ficou agora evidente.
O engraçado é a caricatura histórica comparando-se o ‘xô, galinha!’ da imoral e ilegal dupla Lula-Dilma com o golpe militar de 1964 que derrubou Jango e empossou o marechal Castelo Branco.
Em 1964 uma grande passeata da “Família com Deus pela Liberdade” deu condições objetivas para militares conspiradores tomarem o poder. Desta vez, seis milhões de patriotas e democratas brasileiros foram às ruas de todo País e o cinismo do lulo-petismo reverteu o desejo do povo aplicando o golpe de Estado.
Outra coisa para estudo e reflexão é que me parece que a ação golpista bolivariana de cúpula já vinha sendo planejada. Um dos porta-vozes do lulo-petismo, a revista Carta Capital acusava a Operação Lava-jato como um golpe articulado pela PF, MPF e a Justiça paranaense; e os slogans gritados pelos sabujos da UNE, MST e CUT “Não vai ter golpe” eram a desculpa para justificar um ‘contragolpe’.
Enfim chegou a hora. O golpe lulo-petista contra a República e a Democracia traz uma inovação, foi dado sem marcha batida nem baionetas caladas, mas o que o professor Romano classifica de “fuga para cima” que mostra o divórcio do PT e seus líderes das bases que vacila em dar-lhes apoio.
Enquanto que correndo eu escrevia este artigo, centenas de brasilienses já se concentravam em frente ao Palácio do Planalto protestando inconformados em ver um investigado da Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público Federal assumir um ministério para escapar da Justiça.
Diante do que assistimos não podemos ficar sentados nas poltronas de nossas casas com a boca escancarada cheia de dentes assistindo o fim do Estado Democrático de Direito como se fora uma novela de televisão.
Para defender a nossa Pátria e nossa Bandeira, espero que todos aqueles que foram às ruas no dia 13 se auto-convoquem em alerta geral para salvar o Brasil dos criminosos intentos de uma quadrilha que pensa o Brasil como uma capitania hereditária deles e que as FFAA são compostas de “capitães-do-mato”
Agora somos nós que gritaremos, com autenticidade. “NÃO VAI TER GOLPE!”
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