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GÊNERO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Cuando uma sociedade se corrompe, lo primero que se grangrena es el linguaje”
(Octavio Paz)

O nosso Rui Barbosa já alertava para isto e foi seguido por Machado de Assis, ambos aplaudidos pela intelectualidade da sua época. Em nosso tempo poucos se dão conta do perigo da distorção do idioma, considerando de menor importância ceifar a última flor do Lácio…

A desfiguração da linguagem faz parte de uma estratégia subversiva a serviço do narco-populismo bolivariano. Esta configurada traição nacional começou com a exaltação dos obreiristas da USP ao analfabetismo de Lula.

Com o discurso político do esperto Pelegão esta coisa não aparecia muito, e os bem informados em vez de combater os atentados à língua, faziam pilhérias com a criação do “lulês”, um palavreado chulo, mas sem dúvida hilário.

Quando Dilma –  o poste de Lula –, assumiu a presidência da República, transpareceu mais a tática antinacional da divisão social pelo racismo, religião, posição geográfica e gênero. Esta última, soprada nos ouvidos da personalidade psicopática presidencial, levou as extremistas do feminismo ao orgasmo mental.

Ela impôs aos seus cortesãos e aos eternos oportunistas chama-la de PresidentA, tentando introduzir uma linguagem “revolucionária”. Para os intelectueiros lulo-petistas a definição de “gênero” é distorcida.

Com origem no latim, (genus/generis), a palavra tem múltiplo emprego e uso conforme o meio. Em biologia, por exemplo, serve a classificação cientifica e agrupamento de organismos.

Neste caso, Dilma mostrou-se ignorante quanto ao “homo sapiens”, que pertence ao gênero “homo”, designando a espécie humana independente do sexo. Mais ignorante ainda, com relação ao idioma, não sabe que se pluraliza palavras sempre no masculino e que as palavras têm gênero, mas não sexo, e os seres humanos têm sexo, mas não gênero…

Quando as palavras são diferentes referindo-se ao feminino e masculino, como “homem” e “mulher”, “rapaz” e “rapariga”, tudo bem; mas a plataforma “revolucionária” do lulo-petismo, porém, levam-nos ao besteirol de criar ‘almirantA”, “brigadeirA” e “generalA”… Será que pensam evitar um golpe militar? Ah, se tivéssemos muitas almirantas, brigadeiras e generalas!

Uma mulher no comando teria mais sensibilidade para enfrentar a imbecilidade (e os crimes) do PT-governo. Condenariam a arrogante insistência em controlar a linguagem escrita na escola, com a introdução totalitária de livros “dirigidos”. Uma mãe não permitiria a exigência do engajamento compulsório dos seus filhos à ideologia distorcida dos pelegos.

Na nossa realidade, vale o exemplo do ENEM. O concurso de 2015 clareou a ridícula pretensão de jogar mulheres contra homens, criando uma polêmica que envolve todos os setores da sociedade. A prova deste ano teve uma questão que incluiu a frase ‘Não se nasce mulher, torna-se mulher’.

Não difícil imaginar de que grupo saiu a ideia de usar um parágrafo do livro “O Segundo Sexo”, da filósofa francesa Simone de Beauvoir, que vem sendo contestado nos círculos acadêmicos e políticos.

Abriu-se uma discussão sobre ideologia de gênero nas escolas, bem a gosto daqueles que obedecem ao princípio de “dividir para dominar”. Nas redes sociais tivemos até pesquisas sobre Beauvoir e suas ideias estrambóticas, como a defesa da pedofilia e até simpatias pelo nazismo.

Essa psicopata veio a calhar para uso interno e externo das feministas profissionais e da facção político-partidária que quer manter o grosso da população na ignorância para submetê-la.

Felizmente, estas tentativas fascistóides não correm mais na frouxidão dos primeiros anos de deslumbramento com o PT. O povo sabe que contrariam a Constituição Federal, a Convenção Americana de Direitos Humanos e o Plano Nacional de Educação.

Marjorie Salu

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Marjorie Salu

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