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FAKE NEWS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“A tradução literal do inglês para o português é ‘notícias falsas’” (Wizard)

Insistentemente os ficcionistas dos “deuses astronautas’ falam do encontro submerso na costa turca de um artefato semelhante ao computador; da minha parte, considero isto apenas uma ansiosa vontade de provar fantasias; prefiro aceitar o registro histórico de que ele foi estudado na década de 1939 e exitoso na 2ª Guerra Mundial.

Assim, considero o computador uma coisa nova, a internet novíssima, e as redes sociais, excepcionalmente recentes…. Mas as fake news são muito mais antigas do que a nossa imaginação alcança.

Há quem afirme que têm a sua origem nos Vedas, livros sagrados do hinduísmo, e estudiosos ocidentais dizem que foram copiadas nas histórias do Antigo Testamento entre 1800 e 500 a.C..

Já no Ocidente tivemos em Roma o filósofo Tito Lívio, que sofreu pesadas críticas por desacreditar da veracidade de uma Loba que amamentou os fundadores de Roma, Romulo e Remo. Considerava-a uma mentira fantástica, seja, aquilo que hoje chamamos de fake news….

As notícias falsas nasceram de absurdos, dos mitos (que persistem na cabeça dos palermas), das sátiras e de zombarias. Batizadas de fake news, chegaram aos subúrbios da politicagem, disseminando maldades; e esta presença agigantou-se nas eleições brasileiras de 2018, e se tornou perversa e desumana na pandemia do novo coronavírus.

Mensagens desvirtuadas falsas e pervertidas foram usadas contra a Ciência Médica pelo negativismo bolsonarista, apelando emocionalmente para pessoas ingênuas, ou de crenças distorcidas, ou dos fanáticos cultuadores de personalidades políticas.

Entre os operadores de fake news encontramos mercenários criadores de conteúdo comercial ou político nas redes sociais; outros são agentes políticos convictos ou profissionalizados para defender pautas de movimentos e partidos; e temos os indivíduos e grupos brincalhões com pegadinhas realistas ou humorísticas, paródias, piadas e sátiras.

Há também os “trolls”, que criam histórias absurdas para criar confusão e, tristemente, encontram sempre quem concorde, se emocione e se interessem em divulgar as suas mensagens insidiosas e pérfidas. Alguns cretinos se engajam espontaneamente ou são recrutados para a vulgarização de posts, sites e vídeos fraudulentos entre os usuários das redes sociais.

Na sua maioria são “usuários comuns” das redes, contratados por empresas ou organizações políticas para espalhar desinformação e informações mentirosas sobre entidades, fatos, pessoas públicas, pesquisas científicas e projetos econômicos. O resultado obtido enaltece ou desmoraliza artistas, intelectuais e políticos e reforça campanhas publicitárias.

Há muita gente paga para fazer isto, mas a pior disseminação das fake news vem da inteligência artificial, o uso de robôs acionados à distância que realizam intervenções em massa. Estes “bots” (diminutivo de robôs) conhecidos nos meios de dissimulação no webinário (“web-based seminar“) como Internet bot ou web robô, simulam a atuação humana padronizada e repetidas vezes.

Aí reside o perigo ameaçador de conquistar adesões, principalmente agora, iniciando-se sub-repticiamente ou burlando a vigilância do TSE, está nas redes sociais a campanha eleitoral polarizada entre os dois maiores grupos divulgadores de fake-news. Os bots e robôs de carne e osso vêm ensaiando desde 2014, e foram usados massivamente em 2018.

Para enfrentar a desinformação e a salvação da Democracia nas próximas eleições, o TSE criou em 2019 o Programa de Enfrentamento à Desinformação; e no Congresso parlamentares patriotas enfrentam os criminosos defensores da fraude.

Assim o País se mobiliza para combater e penalizar as notícias falsas contumazes dos agentes populistas de direita e de esquerda; e revoltante é haver estúpidos nas redes sociais defendendo embustes e mentiras como fossem “liberdade de expressão”. Só camisa-de-força.

Marjorie Salu

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Marjorie Salu

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